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Coronavírus

Fiocruz pede vacinação de jovens de 12 a 18 anos para retomada ampla do ensino presencial

Distanciamento, uso de máscara e circulação do ar são itens exigidos

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou o lançamento de uma versão atualizada do documento denominado de “Recomendações para o retorno às atividades escolares presenciais no contexto da pandemia de Covid-19”, abordando recomendações para a retomada das atividades escolares presenciais durante a pandemia. O material possui a coordenação  da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz) e é baseado em evidências e informações científicas e sanitárias, nacionais e internacionais, e nesta nova edição traz questões sobre a transmissão aérea do Coronavírus, risco de ambientes fechados, bem como necessidade de vacinação dos jovens de 12 a 18 anos para uma retomada do ensino presencial de forma mais ampla e segura.

“Esta nova edição traz como novos elementos questões como a vacinação de crianças e adolescentes, a transmissão aérea da Covid-19, os possíveis riscos em ambientes fechados e como enfrentá-los, entre outros temas”, detalha a Fiocruz. Segundo a entidade, a “vacinação de jovens de 12 a 18 anos pode significar um retorno mais rápido à prática de esportes e outras atividades e a uma socialização mais completa, incluindo o fortalecimento das relações intergeracionais na família e na comunidade”, completa.

Importância das atividades nas escolas

“O risco de afastamento dos menores de 18 anos de suas atividades normais como escola e eventos sociais pode se revelar um risco maior do que o da própria Sars-CoV-2 para eles. Não há razão para acreditar que as vacinas não devam ser igualmente protetoras contra a Covid-19 em adolescentes como são em adultos e, em conjunto com as medidas de distanciamento e uso de máscaras, propiciem um retorno às aulas ainda mais seguro”, afirma a coordenadora do grupo de trabalho (GT) da Fiocruz sobre o assunto e assessora da VPAAPS, Patrícia Canto.

Segundo o grupo, em um cenário de alta transmissão comunitária da Covid-19, ainda com uma cobertura vacinal completa (esquema de duas doses ou uma dose para vacina de dose única) inferior a 30% da população, “no Brasil o funcionamento das escolas com atividades presenciais precisa estar associado à manutenção das medidas não farmacológicas de controle da transmissão”, completa a Fiocruz. 

Qualidade do ar, distanciamento e uso de máscaras

Segundo a entidade, para um retorno presencial seguro, é necessário que as unidades de ensino, principalmente nos ambientes da escola, considerem os seguintes itens como primordiais para prevenção : “adaptação para ventilação e melhoria da qualidade do ar dos ambientes; uso de máscaras com comprovada eficácia; definição de estratégia para rastreamento e monitoramento de casos e contatos na escola e medidas para suspensão de atividades presenciais; manutenção do distanciamento físico de, pelo menos, 1,5 metro; e orientações sobre higienização contínua das mãos”, detalha.

Em caso de transmissão do Coronavírus elevada, ou aumento de casos da doença, as escolas podem fechar presencialmente, seguindo medidas das autoridades sanitárias. “A decisão sobre o melhor momento para a reabertura deve seguir as orientações dos indicadores epidemiológicos, sem que se esqueça dos grandes malefícios do afastamento prolongado das atividades presenciais na saúde de crianças, jovens e adultos, bem como dos prejuízos para a educação e a formação de toda uma geração”, complementa.

Com informações da Fiocruz

Foto: Studio Formatura/Galois / Agência Brasil 

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