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Coronavírus

Apesar de queda nos indicadores da pandemia, Fiocruz pede cuidados no fim de ano

Paraná apresenta redução de casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs)

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Foto: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde

Apesar da queda nos indicadores da pandemia, algo relacionado ao avanço na vacinação contra a Covid-19 no Paraná e no Brasil, na última semana, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, pediu para que a população reforce os cuidados com as medidas preventivas à doença neste fim de 2021. O informe reforça a importância de completar o esquema vacinal e da dose de reforço, do uso da máscara, do passaporte vacinal, e traz também a informação de que nas duas últimas semanas o Paraná apresentou queda no número de casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs). 

Segundo a Fiocruz, é essencial manter os cuidados durante  as comemorações de final de ano e das festas de verão. “Os pesquisadores recomendam cautela e o monitoramento de quaisquer possíveis sinais de recrudescimento da Covid-19. Eles ressaltam também a necessidade de continuar avançando com a vacinação (primeira e segunda doses, e o reforço vacinal). E ainda defendem medidas como a exigência de imunização contra Covid-19 para entrada no Brasil (como recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa), o uso de passaporte de vacinas em locais públicos e o controle da situação vacinal e a testagem de viajantes no país”, informa a assessoria.

Segundo o boletim, que traz dados das duas Semanas Epidemiológicas (SE), período de 7 a 20 de novembro, houve nova queda nos indicadores da transmissão da Covid-19. “Foram notificados, ao longo das SE 45 e 46, uma média diária de 9,8 mil casos confirmados e 230 óbitos por Covid-19. Os valores representam a redução do número de casos registrados (-1% ao dia) e do número de óbitos (-1,2% ao dia). Houve também uma redução da taxa de letalidade, que vinha se mantendo em patamares em torno de 3%, para um valor mais próximo aos padrões internacionais, de 2,3%”, informa.

“Apesar da queda dos indicadores, os cientistas do Observatório, responsáveis pelo Boletim, destacam que é fundamental manter o uso de máscara em ambientes abertos com aglomeração, ambientes públicos fechados e mesmo em ambientes privados fechados em circunstâncias que reúnam pessoas que não coabitam, especialmente os indivíduos de grupos vulneráveis”, informa a fundação.

Flexibilização

“É importante reforçar a atenção com os níveis de transmissão devido à proximidade da temporada de festas e férias, quando pode haver decisões relevantes quanto à flexibilização de algumas medidas que, equivocadamente, poderiam estar apoiadas em dados de notificação com atrasos ou sujeitos a represamento e/ou não disponibilizados de modo oportuno”, afirmam os pesquisadores da Fiocruz no informe. Segundo os estudiosos, “os dados são fundamentais para que o país possa estar preparado para identificar rápida e precisamente quaisquer possíveis surtos locais ou mesmo o retorno de altas taxas de transmissão da doença, como vem acontecendo em alguns países da Europa”, complementa.

Baixa cobertura vacinal na Europa e passaporte de vacinação

Outro alerta feito pela Fiocruz possui relação com a nova onda de transmissão do Coronavírus em países da Europa, algo que está ocorrendo principalmente em locais com baixa cobertura vacinal e populações não vacinadas, bem como alerta sobre a possibilidade de espalhamento de novas variantes nesses países, acompanhada pela grande mobilidade internacional. “O alerta é importante para a América do Sul, que vive um momento de baixa transmissão. O recomendado seria manter bom controle sanitário dos viajantes e prever a restrição de entradas, seja pela exigência de passaporte de vacinação, seja de testes negativos, conforme o que já vem sendo feito por vários outros países”, informa o estudo.

“As vacinas não bloqueiam completamente a transmissão, mas contribuem para reduzir os casos críticos, graves, internações e óbitos. Por isso, é importante continuar avançando para que a população complete o esquema vacinal de forma a continuar aumentando a cobertura vacinal”, afirma a fundação. “A hipótese de que a proteção por ela conferida diminui com o decorrer do tempo tem levado à necessidade do reforço vacinal de forma mais generalizada na população adulta. Não priorizar esse reforço pode expor a risco de infecção uma parcela de pessoas vacinadas, devido a esta perda de imunidade”, completa o boletim.

Leitos de UTI para Covid-19 e SRAG

De acordo com a Fiocruz, as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS), obtidas em 22 de novembro, “indicam a manutenção do indicador em níveis baixos na maior parte do Brasil”. Com relação aos casos de SRAGs, no quadro geral, o Brasil apresentou um aumento pontual na incidência, de 2,7 casos por 100 mil habitantes para 2,8 casos por 100 mil habitantes. “Nas últimas cinco semanas epidemiológicas, esta incidência tem se mantido nesta faixa, entre 2 e 3 casos por 100 mil habitantes, sendo que na SE 46 com este ligeiro viés de aumento”, explica a Fiocruz. 

O Paraná, junto com os estados da Paraíba, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, apresentam sinal de redução dos casos de SRAGs. estão com sinal de redução de casos. Os demais estados aparecem com estabilidade da incidência. “Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia, Tocantins, Ceará, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul e São Paulo têm tendência de aumento na incidência”, diz o estudo. “Os demais estados aparecem com estabilidade da incidência”, informa. 

O avanço na vacinação possui relação no controle da pandemia. Segundo a Fiocruz, a população deve seguir sendo imunizada contra a Covid-19 para que os índices prossigam caindo, algo que deve ser feito junto às medidas preventivas. “Segundo dados do MonitoraCovid-19, disponibilizados pelo @coronavirusbra1 e oriundos das secretarias estaduais de Saúde, mais de 305 milhões de doses de vacinas foram administradas no Brasil, o que representa a imunização de 74,1% da população com a primeira dose, 61,1% com o esquema de vacinação completo e 6,9% com a dose de reforço”, finaliza a Fiocruz.

Com informações da Fiocruz

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