Semsa explica logística para coleta de material para realização de exames
Iniciada em março, a pandemia da Covid-19 gerou uma necessidade de adaptação de governos no mundo todo com relação ao protocolo para atendimento, coletas, exames e acompanhamento de pacientes infectados como forma de diagnóstico e controle do momento de crise sanitária vivido globalmente. A Prefeitura de Paranaguá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), explicou como é parte desta logística, abordando coleta de material de cidadãos contaminados em Paranaguá com encaminhamento para realização dos exames para detecção da Covid-19 pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), assim como é feito o acompanhamento diário de infectados e como é realizado o atendimento de assintomáticos, sintomáticos e pacientes graves junto ao Hospital de Campanha e Hospital Regional do Litoral (HRL), assim como esta estrutura será ampliada com a inclusão da Arena Albertina Salmon como referência na pandemia na segunda-feira, 14.
“Paranaguá não realiza nenhum tipo de exame, realiza apenas a coleta de uma amostra que serve para que a gente encaminhe até a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no Laboratório Central (Lacen), onde é realizado com esta coleta um exame chamado SWAB, que é padrão ouro na detecção da Covid-19”, afirma coordenador da Sala de Situação da Semsa, Gianfrank Tambosetti. Segundo ele, normalmente o retorno do resultado do paciente demora de uma semana a 10 dias.
O coordenador explica que o material para coleta junto aos pacientes suspeitos da Covid-19 é cedido pela Sesa a todos os municípios paranaenses. “A Sesa não tem um número restritivo de coletas ou de, como a gente chama, material de transporte, que é basicamente o cotonete e o invólucro onde é acondicionada a amostra. Isso é levado até o Laboratório Central que terceiriza esses exames para alguns laboratórios no Estado. Esse resultado vem através do Lacen aos municípios e o município publica e divulga esses resultados para aqueles que tiveram a coleta feita”, salienta.
“A quantidade de materiais para coleta é dispensada pelo Estado de acordo com a demanda do município, então, há número suficiente de acordo com a demanda”, explica, sobre a demanda de coletas para posterior exame pelo Lacen em Paranaguá.
Sintomas e dias para fazer o exame
Gianfrank explica que é necessário que o exame seja feito após três dias da detecção dos sintomas da Covid-19. “Inicialmente é importante saber que a sintomatologia deve ser percebida e somente após três dias que esta sintomatologia é percebida que a pessoa deve buscar a consulta médica para a possível realização de exame de acordo com a orientação médica. Não adianta buscar atendimento médico no primeiro dia de sintomas, porque a pessoa neste período não tem uma carga viral suficiente para aparecer no exame, só vai ter carga viral suficiente a partir do terceiro dia”, afirma.
“Caso a pessoa vá à unidade de saúde no primeiro dia de sintomatologia vai ter recusa da realização do exame por parte do médico exatamente por causa disso, porque não há vírus suficiente. Se fossem feitas as coletas para exame no primeiro ou segundo dia provavelmente haveria os chamados falsos negativos”, explica Tambosetti.
Sintomas graves
Segundo o coordenador, no caso de a pessoa estar com sintomas graves da Covid-19, deve buscar o médico de imediato. “Inclusive porque existem outros vírus que não só o SARS-CoV-2 aqui no município. Existe ainda o vírus da Influenza, da H1N1 e todos eles podem fazer bastante mal à saúde. É claro que a maioria das pessoas já tomou a vacina, mas na possibilidade de não ter sido imunizado neste período quanto a essas doenças, se aparecerem sintomas graves, deve ser procurado atendimento médico”, afirma.
Pessoas assintomáticas que tiveram contato com infectados
Gianfrank afirma que pessoas assintomáticas que tiveram contato com infectados devem fazer o isolamento e ficar atentas se aparecer algum sintoma. “Inclusive evita de se colocar em contato com outras pessoas possivelmente positivadas e aí haver a contaminação”, explica.
Acompanhamento de pessoas infectadas
O Setor de Epidemiologia possui um núcleo próprio de monitoramento a pessoas infectadas pela Covid-19 em Paranaguá. “São feitas ligações diárias para aqueles casos confirmados, onde é estabelecido um questionário a respeito das condições de saúde. As pessoas têm que atender ao telefone e que as pessoas que estão afastadas, que assinaram um termo de afastamento por estarem infectadas, permaneçam nas suas residências. Há muitas pessoas que mesmo com diagnóstico positivo, mas com sintomas leves, estão saindo do seu isolamento por conta própria”, denuncia.
“Essas pessoas infectadas, se denunciadas (por estarem desrespeitando isolamento) ou não atenderem ao telefone na sua residência, poderão ser denunciadas e ter sanções legais muito sérias”, explica.
Encaminhamento de pacientes graves
De acordo com o coordenador, caso a pessoa esteja com um quadro grave da Covid-19, o município poderá fazer o encaminhamento para que ela seja atendida no Hospital de Campanha no Parque São João, podendo ficar internada em leitos de média complexidade. “Caso o paciente corra riscos maiores receberá atendimento no Hospital Regional do Litoral (HRL) que é a nossa referência para maiores complexidades”, relata.
Ginásio Albertina Salmon
A partir da segunda-feira, 14, o Ginásio Albertina Salmon será ponto de referência 24 horas para atendimento a pacientes com sintomas da Covid-19 em Paranaguá. “Inicialmente gostaria de deixar claro que as unidades de saúde estarão atendendo prioritariamente hipertensos, diabéticos, gestantes, doentes renais crônicos e a vacinação. Então, se você é uma gestante que faz acompanhamento em uma unidade básica, isso ainda será ofertado independente do encaminhamento pandêmico”, explica.
“A Arena Albertina Salmon atenderá aqueles sintomáticos respiratórios, ou seja, aquelas pessoas que apresentam sintomas. Como eu disse, é importante que esta sintomatologia seja no terceiro dia, buscando o serviço, o médico fará o primeiro atendimento, caso ele julgue clinicamente viável, enviará para a coleta do SWAB, que colhe aquela amostra com que será feito o exame PCR que é aquele que diagnostica o SARS-CoV-2”, explica.
De acordo com ele, no Hospital de Campanha “esta procura não deve ser feita para este tipo de paciente, na verdade preferencialmente o paciente será encaminhado ao Hospital de Campanha caso busque a Arena e já esteja com sintomas mais graves”, salienta. “É possível também que o paciente busque o Hospital de Campanha caso esteja se sentindo bastante mal, mas é muito melhor se ele for até a Arena Albertina Salmon ou até uma unidade básica de saúde caso esteja se sentindo mal para que receba o encaminhamento necessário”, reforça.
“O Hospital de Campanha é um hospital de fato, de internação, não é para fazer qualquer tipo de consulta e voltar para casa. Este tipo de atendimento ambulatorial será feito a partir da segunda-feira, 14, no Albertina Salmon”, afirma Tambosetti. Além disso, apesar de não ser o caminho preferencial, todas as unidades de saúde seguirão com equipes para orientar pacientes com relação a dúvidas sobre a pandemia.
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