Na segunda-feira, 31, o Sesc Paranaguá lançou a Campanha de Combate à Dengue 2022 com o tema “Aqui o mosquito não entra”, que segue até o dia 30 de abril para incentivar os cidadãos a removerem criadouros do mosquito transmissor da doença. O diferencial da iniciativa é o aplicativo de celular que promove uma competição, na qual contará com uma premiação ao final da campanha para os indivíduos e grupos que conseguirem eliminar mais focos do Aedes aegypti.
A ação tem a parceria com a 1.ª Regional de Saúde, Secretarias Municipais de Saúde do litoral e de escolas que podem inserir a campanha no seu projeto pedagógico. No ano passado, quase 600 criadouros foram eliminados e registrados no aplicativo do Sesc Paraná, somente em Paranaguá.
O diretor executivo do Sesc Paranaguá, Joel Viana Rabello Júnior, contou que a ideia é fazer uma disputa saudável. “Queremos o engajamento da comunidade, temos que fazer a nossa parte, não podemos jogar toda a responsabilidade ao poder público. Estamos enfrentando a pandemia de Covid-19, hospitais lotados, a Influenza também está alta e a dengue não pode chegar nesse patamar. Que todos possam aderir a essa forma lúdica de remover focos de dengue”, afirmou Joel.
Para participar da campanha, a população deve baixar o aplicativo do Sesc Paraná. “O Sesc dispõe desse aplicativo que é muito fácil de baixar, faz o cadastro e o primeiro ícone é o da dengue. Para participar, tire uma foto do foco do mosquito antes e depois da eliminação. As imagens chegam para nós e pontuamos as equipes e as cidades. Quanto mais focos eliminados, a pessoa sobe no ranking e depois pode ser premiado”, explicou Joel.
A técnica em Saúde e Ação Social do Sesc, Katiane Arndt, apresentou detalhes da campanha e evidenciou a participação das escolas nesse processo. “Não temos uma meta estipulada neste ano para alcançar, pois não há limite de fotos por pessoa, mas a ideia é que o Sesc Paranaguá fique em primeiro lugar de novo no litoral, não só pela disputa, mas pelo número de remoção de focos. No ano passado, com as crianças em casa, os professores as incentivaram como uma atividade e funcionou muito bem. Neste ano, reforçamos novamente às escolas e aos professores que envolvam os alunos, pois é uma forma de sensibilizar eles e os pais, envolvendo todos na campanha”, observou Katiane.
Prevenção
O diretor da 1.ª Regional de Saúde de Paranaguá, Leovaldo Bonfim, destacou que a dengue nunca deixou de existir no litoral. “A doença teve um pico de epidemia e foi controlada. Mas, sempre esteve presente. É importante essa campanha do Sesc para que o poder privado e a população nos ajude para que não haja novamente uma epidemia, agravando ainda mais o sistema de saúde do litoral que tem sofrido tanto com a Covid-19 e a gripe”, frisou Leovaldo.
Ele também alertou para o descarte correto dos materiais. “É importante essa conscientização para que a população faça seu papel, elimine os criadouros através de uma competição saudável. É preciso fazer uma eliminação definitiva, a prefeitura tem um trabalho de remoção de lixo reciclável, por isso não precisa ser descartado de forma irregular em quintais ou nas ruas. Guarde e coloque no portão para a coleta seletiva para evitar a proliferação do mosquito”, orientou Leovaldo.
Casos no litoral
O litoral do Paraná contabiliza 10 casos confirmados de Dengue desde 1.º de agosto de 2021, de acordo com o último Informe Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) na terça-feira, 25. Destes, há registro de quatro infectados em Pontal do Paraná, três casos confirmados em Paranaguá e outros três em Guaratuba.Segundo o documento, nenhum óbito foi registrado nos municípios da região litorânea. A região ainda tem 78 casos em investigação da doença, sendo: Paranaguá (61); Pontal do Paraná (10); Guaraqueçaba (3); Guaratuba (2); Antonina (1) e Matinhos (1).