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Ciência e Saúde

Psicóloga do MPPR destaca importância da campanha Setembro Amarelo

Saúde emocional é tema de debate neste mês

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A iniciativa Setembro Amarelo, do Centro de Valorização da Vida, da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina, é voltada a promover uma discussão ampla na sociedade para a prevenção do suicídio. A campanha deste ano tem como tema “Agir salva vidas”.

A entrevistada é a psicóloga Patrícia Lages, que atua no Ministério Público do Paraná (MPPR). Ela explicou a importância de ações como o Setembro Amarelo, sobre a saúde mental e desmentiu alguns mitos relacionados ao suicídio.

“O suicídio não tem a ver com a morte propriamente dita, mas tem a ver com uma tentativa de interrupção de uma dor psíquica muito forte. O que o suicida quer é acabar com uma dor insuportável. Quando falamos em agir, falamos em ofertar outras formas para que essa pessoa possa lidar com essa dor. O desespero causa na pessoa o que chamamos na psicologia de um estreitamento cognitivo”, disse Patrícia.

“O tema passa a ser um tabu para toda a sociedade e esse silêncio todo cria um terreno muito fértil para crenças e mitos muito equivocados. Por isso uma das medidas para prevenir o suicídio é falar sobre isso, no sentido de educação. O setembro amarelo é um grande avanço para a gente poder conhecer e prevenir essas situações”, enfatizou a psicóloga.

Como lidar com o tema

A profissional destaca que a pessoa que ameaça cometer o suicídio não está querendo chamar a atenção, mas sim está clamando por ajuda. “Essa ideia talvez seja o mito mais perigoso em torno desse problema de saúde pública. O maior fator de risco é justamente a tentativa de um suicídio prévio. A gente precisa ler esses comportamentos como um pedido de ajuda. Dar atenção não significa atender os pedidos imediatos seja uma criança chorosa ou um adolescente ameaçando o suicídio”, afirmou Patrícia.

Já está comprovado em estudos sobre o tema que a noticiar esses casos na mídia podem incentivar o suicídio, segundo a psicóloga. Desta forma, o recomendado é não transformar tais casos em espetáculos.

“Essas são formas muito ruins e perigosas de divulgar o tema, é importante mostrar como essas pessoas estavam se sentindo antes, isso sim pode ajudar outros na mesma situação a buscar ajuda. A questão não é se devemos falar ou não, mas como devemos falar sobre o assunto”, destacou Patrícia.

Confira aqui a entrevista do MPPR .

Com informações do MPPR

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