Na terça-feira, 9, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou o informe epidemiológico da Dengue n.º 18, que compreende o novo período sazonal da doença, que vai de julho de 2023 até agosto de 2024, de acordo com o calendário epidemiológico definido pelo Ministério da Saúde.
Conforme consta nos dados técnicos, neste boletim o litoral paranaense registrou 45 novos casos de Dengue, doença causada pelo mosquito Aedes aegypti. A região litorânea registra, então, os casos de pessoas infectadas e de casos suspeitos neste novo período de monitoramento, sendo o primeiro informe de 2024.
Além disso, o boletim estadual apresenta outras informações de notificações, casos suspeitos e óbitos da doença.
LITORAL
No informe divulgado pela Sesa, o litoral contabiliza 408 casos de Dengue, sendo Paranaguá (325); Antonina (35); Guaratuba (20); Pontal do Paraná (16) e Matinhos (12). Os municípios de Morretes e Guaraqueçaba não confirmaram novos casos neste período epidemiológico da doença.
Segundo a Sesa, Paranaguá é a primeira cidade do litoral com o maior número de casos confirmados de dengue, com 325 no total. Além disso, o município registra 423 notificações, 66 casos descartados, 22 casos suspeitos e nenhum óbito.
O litoral do Paraná tem 168 casos em investigação da doença, sendo Matinhos (71); Antonina (52); Paranaguá (22); Guaratuba (14); Morretes (6); Pontal do Paraná (3) e Guaraqueçaba (1).
Em relação a Chikungunya, não há confirmações nos municípios que compõem a 1.ª Regional de Saúde.
PARANÁ
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou na terça-feira, 9, o primeiro boletim epidemiológico da dengue de 2024. O 18.º Informe Epidemiológico confirma 3.234 novos casos, chegando a 9.189 no total. Não há novos óbitos. São 48.266 notificações.
As 22 Regionais de Saúde (RS) possuem casos confirmados da doença, sendo que a 16ª RS de Apucarana tem o maior número de casos positivos (1.488); seguido da 17ª RS de Londrina (1.423); 15ª RS de Maringá (1.155) e 14ª RS de Paranavaí (1.013). São 254 municípios com casos confirmados: Londrina (1.177), Apucarana (801), Maringá (733), Jandaia do Sul (479), Capitão Leônidas Marques (422), Santa Izabel do Oeste (401), Paranavaí (358), Jacarezinho (333) e Paranaguá (325) são as cidades com mais registros.
A dengue apresenta um comportamento sazonal, com maior aparecimento de casos em período mais quente e úmido, típico dos climas tropicais. “No verão devemos ficar ainda mais atentos e redobrar os cuidados. Faço um apelo para que toda a população faça a sua parte na remoção de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
AÇÕES
Com objetivo de evitar os casos graves e óbitos por dengue, a Sesa, em parceria com as secretarias municipais de Saúde, está implementando as ações dos planos de contingência nos diversos níveis de resposta para o enfrentamento da dengue de acordo com a situação epidemiológica de cada município. Na semana passada, a Sesa intensificou o combate à dengue no município de Apucarana (Vale do Ivaí). Foram enviados cinco veículos para ação de campo e fumacê.
São ações que passam desde o controle vetorial no bloqueio de casos, mutirões de remoção de criadouros e até o uso de equipamentos motorizados (fumacê) para redução da infestação, bem como ações de vigilância epidemiológica para identificar as fragilidades e apontar as correções necessárias no apoio da gestão.
A Sesa está acompanhando os serviços de assistência aos pacientes suspeitos de dengue para que em alta demanda seja realizado corretamente o manejo clínico de acordo com o fluxograma de classificação de risco e que haja disponibilidade de apoio laboratorial.
Outro fator importante neste momento é a mobilização dos comitês municipais de controle da dengue para que a ação de enfrentamento seja interinstitucional. O Estado vem monitorando todos os municípios em situação de risco e alerta para possíveis ações de apoio e intervenção.
SINTOMAS
A transmissão da dengue acontece durante a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus. Após a picada, os sintomas podem aparecer em até 15 dias.
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é febre alta (39°C a 40°C) que dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Podem ocorrer manchas que atingem a face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem ocorrer.
“A população precisa estar atenta e a qualquer um desses sintomas procurar um atendimento médico sem fazer uso de qualquer medicamento sem prescrição. Quanto antes for diagnosticada, menores são as chances de complicações pela doença”, enfatizou o secretário.
CHIKUNGUNYA E ZIKA
O mosquito Aedes aegypti também é responsável por transmitir a zika e a chikungunya. Durante este período, o Paraná já confirmou 44 casos de chikungunya sem nenhum óbito. Com relação ao zika, não foram registrados casos no Estado.
Com informações da Sesa