Prática do ciclismo aumenta durante a pandemia

Personal trainer explica que uso da bicicleta deve ser feito com distanciamento e higiene

Desde o início da pandemia do novo Coronavírus no litoral do Paraná em março, decretos municipais, com foco na prevenção à Covid-19, restringiram ou criaram regras para a prática de atividade física em locais públicos e ambientes privados coletivos. Com a necessidade de distanciamento e higienização, a prática do ciclismo aumentou durante este período, visto que ela pode ser feita individualmente e ao ar livre, o que gera mais segurança ao ciclista, desde que isso seja feito com o uso de máscara e respeito aos protocolos de saúde exigidos neste período. 

Segundo Ricardo Santos do Amaral, proprietário de uma loja de bicicletas e acessórios em Paranaguá, a venda das “bikes” aumentou em cerca de 70% durante este últimos meses, algo que também ocorreu em todo o Brasil. De acordo com ele, a venda em seu estabelecimento respeita as normas de saúde do município. “Todos os nossos colaboradores atendem de máscara e, com educação, orientam os clientes a utilizarem máscaras e álcool em gel. Além disso, temos restrição na porta para evitar aglomerações, com faixas de isolamento no espaço da loja”, acrescenta. “Percebemos também um aumento nos preços das peças e ao mesmo tempo falta de material”, diz.

O proprietário ressalta que as bicicletas de qualidade para a prática do ciclismo possuem valores a partir de R$ 1.700,00. 

Personal trainer fala sobre a prática segura do ciclismo

Patrick Pereira do Rosário, personal trainer e praticante do ciclismo, ressalta que com a pandemia que ocorre até hoje, houve necessidade de os municípios criarem decretos para conter disseminação do Coronavírus. “Nesses decretos os municípios constataram a proibição de atividades físicas em praças, clubes e academias e afins, isso fez com que o povo procurasse se exercitar e manter a qualidade de vida na atividade ciclística, que é um meio de transporte de grande parte dos trabalhadores do nosso município e que se tornou uma válvula de escape para o lazer”, salienta, ressaltando que diversos ciclistas antigos ou novos passaram a utilizar a “bike” para conhecer atrativos turísticos do litoral.

“O ciclismo também melhorou financeiramente as lojas especializadas, entre outras, pois devido a ela ser a única atividade a se fazer ao ar livre e sem proibição, aumentou a demanda para aquisição de bikes”, afirma Patrick. Ele ressalta, porém, que houve uma supervalorização dos preços das bicicletas.

“Com relação ao distanciamento, você consegue cumprir todas as exigências de higiene para se combater a pandemia. Cada praticante possui a sua bicicleta com seus respectivos itens de segurança exigidos por lei de trânsito, entre eles farol sinalizador, faixas refletivas, etc. É importante também para segurança ter itens próprios como capacete, luvas, óculos e a máscara exigida pelos órgãos de saúde”, explica.

Grupo de ciclismo

Segundo Patrick, com respeito ao distanciamento e impedimento de outras práticas de atividades físicas, ele, amigos e pessoas próximas criaram o grupo chamado “DKinta Bikes”, cujo presidente é conhecido como Marcelo “Morcego” ou “M9”, com prática principalmente aos fins de semana, com foco na qualidade de vida, lazer, bem como atividades de alto rendimento. “Vale salientar que este grupo era do futebol e churrasco de toda semana, ou seja, atividade física da maioria das pessoas, mas com sua proibição o grupo se viu na necessidade de se mexer para não ficar somente isolado e trancado dentro de casa”, explica, ressaltando que a cada semana eles pedalam um trecho novo, sempre com respeito às normas de saúde.

“Torço para que tudo se normalize o mais rápido possível. Com o fim da pandemia, espero que as pessoas tomem mais consciência sobre a importância da qualidade de vida, procurando locais e profissionais habilitados para as práticas esportivas e físicas. A atividade física é essencial ao ser humano e evita problemas futuros de saúde”, finaliza o personal trainer.