Ciência e Saúde

População parece não estar preocupada com a dengue

Em todos os cantos da cidade o lixo surge com força

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O mato cresce em uma velocidade alta e a sujeira que traz o medo da dengue volta a assustar os moradores no Jardim Paranaguá. A situação também preocupa no bairro Rocio, onde em um cruzamento próximo à Igreja a situação do descaso da população com o lixo é igualmente complicada. Nos dois lugares, a população pede a presença mais efetiva dos serviços públicos no sentido de limpeza e punição aos infratores do meio ambiente.

No Rocio, por exemplo, a imagem flagrada pela reportagem da Folha do Litoral News mostra até um colchão de casal exposto em via pública. Para quem vê a imagem, a indignação é total. “Infelizmente, nem mesmo com as mortes das pessoas com dengue neste ano fazem com que a população mude seus maus hábitos”, disse a moradora Josete do Rocio. Ela, que caminhava com a filha em direção ao Santuário de Nossa Senhora do Rocio, que fica a poucos metros da cena do lixão a céu aberto, se mostrou inconformada com o descaso. “São pessoas desumanas, não tenho outra explicação”, afirmou.

Em outro ponto da cidade, mais precisamente no Jardim Paranaguá, a preocupação e revolta são do morador no bairro Thiago Paulo. Vizinho de dois terrenos baldios, ele afirma que não sabe mais a quem recorrer, uma vez que os donos dos terrenos não se mostram interessados em acabar com o lixo e com o esgoto que se escondem em meio ao matagal. “Existem famílias nesta rua (Arthur Santos) que estão com o grau de preocupação lá em cima, pois estamos nos meses mais quentes do ano e sabemos o perigo do contágio da dengue”, ressalta.

Onde a situação também merece atenção é a Vila dos Comerciários, na rua localizada nos fundos da obra inacabada do Centro da Juventude. Isso porque, naquela região, moradores estão despejando lixos de toda natureza em um terreno que não está murado. A dona de casa Edna Alves fez questão de comentar que os despejos são feitos por pessoas das imediações do bairro, as quais levam o lixo em carrinho de mão. “Somente se as pessoas sofressem multas deixariam de fazer esta atrocidade com o meio ambiente”, menciona.

A proposta de multar quem joga lixo na rua, ou em terrenos baldios, já foi alvo de promessas dos governos municipais, mas em nenhum deles, até hoje, a medida ganhou força. “Enquanto isso, vamos ver mais pessoas indo parar no hospital ou no cemitério em razão deste crime”, emendou a mulher.

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