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Ciência e Saúde

Paranaguá reforça ações de prevenção e controle da hanseníase

Secretaria de Saúde destaca a importância do diagnóstico precoce

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Foto: Prefeitura de Paranaguá

O Janeiro Roxo, mês de combate à Hanseníase, reforça a importância do tratamento e diagnóstico da doença. Neste ano, o Dia Mundial contra a Hanseníase é lembrado em 28 de janeiro, uma data que visa conscientizar a população sobre a gravidade e a prevenção da doença, que é infecciosa, contagiosa e causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. A hanseníase pode afetar a pele e os nervos periféricos, causando lesões neurais e incapacidades físicas.

Segundo o Ministério da Saúde, a hanseníase é uma das enfermidades mais antigas do mundo e ainda é um problema de saúde pública no Brasil, que registra cerca de 30 mil novos casos por ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH). Por isso, a campanha deste ano contra a doença tem como tema “Precisamos falar sobre hanseníase”, buscando romper o silêncio e o estigma que cercam a doença.

Atendimento em Paranaguá

A Secretaria Municipal de Saúde reforça as ações de prevenção e controle da hanseníase, oferecendo atendimento e acolhimento de pessoas com a doença em todas as unidades de saúde e no Centro de Especialidades João Paulo II, setor de Dermatologia Sanitária, que é um serviço de referência para o litoral do estado em hansenologia e dermatologia sanitária.

O Centro fica no bairro Divinéia, na Rua Renato Leone 817, telefone (41) 3721-1772. “No local realizamos atividades como hansenologia, dermatologia sanitária, cirurgia dermatológica, fisioterapia, ambulatório de feridas, psicologia, infectologia, enfermagem, neurologia e ortopedia, visando o atendimento, o controle, a prevenção e a reabilitação de pacientes com hanseníase e outras dermatoses de interesse sanitário”, explica o médico dermatologista Sérgio Paulo Aguilera Machado.

A Secretaria de Saúde destaca que o tratamento da hanseníase é gratuito e eficaz, e consiste na administração oral de dois ou três antibióticos, que devem ser tomados diariamente por um período de seis a 12 meses, dependendo da forma clínica da doença. O tratamento é chamado de poliquimioterapia e é disponibilizado nas unidades de saúde do município.

“Atualmente estamos com cerca de 35 pacientes de todo o litoral sendo acompanhados pela equipe”, informa o médico.

Sintomas

A Secretaria Municipal de Saúde ressalta ainda que o diagnóstico precoce da hanseníase é fundamental para evitar as complicações e as sequelas da doença, que podem ser irreversíveis.

Por isso, é importante ficar atento aos sintomas, que incluem manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com perda ou alteração da sensibilidade ao calor, ao frio, ao tato e à dor; áreas do corpo com diminuição dos pelos e do suor; dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas; inchaço em mãos e pés; diminuição da sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés; lesões em pernas e pés; caroços no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos; febre, inchaço e dor nas articulações; entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz; e ressecamento nos olhos.

Transmissão

A transmissão da hanseníase ocorre por meio das vias aéreas (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) de doentes que não estão em tratamento. Quando recuperado ou em tratamento regular, o paciente deixa de transmitir a doença. Dentre as pessoas que entram em contato com os bacilos, somente uma pequena porcentagem adoecem. Entretanto, o período de incubação da doença (tempo entre o contágio e o surgimento dos sintomas) é longo, podendo variar de três a cinco anos. É importante ressaltar que o contato com a pele ou objetos não transmite a doença.

A Secretaria Municipal de Saúde reforça o apelo à população para que procure as unidades de saúde em caso de suspeita de hanseníase, e lembra que a doença tem cura e que o tratamento é gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A Saúde também pede que as pessoas não discriminem nem isolem os pacientes com hanseníase, pois eles precisam de apoio e acolhimento para enfrentar a doença.

Com informações da Prefeitura de Paranaguá

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