A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta semana os dados atualizados dos casos de dengue no Paraná. Assim como nas últimas semanas, Paranaguá continua com 34 casos confirmados da doença, mas ainda está entre os três municípios com maior incidência, atrás de Maringá, (98 casos), e Londrina (58). Foram confirmados 473 casos confirmados de dengue no Paraná, 14 de chikungunya e três casos de zika vírus.
De acordo com a chefe da 1.ª Regional de Saúde, Ilda Nagafuti, o possível controle da doença se deve a dois fatores primordiais. “A hipótese que temos é da efetividade do trabalho de remoção de criadouros que durante todo esse período vem sendo realizado sistematicamente, apesar de ainda termos observado a presença de mosquitos. Provavelmente, também seja resposta da primeira dose da vacina”, afirmou.
As equipes também continuam com a aplicação da bomba costal em vários bairros da cidade. O bloqueio com a bomba costal é realizado sempre que algum caso é notificado. “Quando é feita a notificação, já fazemos o bloqueio, independente do resultado para a doença”, explicou Ilda.
ALERTA
Os focos do mosquito continuam sendo encontrados pelas equipes que realizam o trabalho de porta em porta no município. Por isso, a remoção dos criadouros é importante para que a doença continue em controle. “Esse é o nosso principal instrumento para vencermos esse inimigo que é o Aedes Aegypti”, destacou Ilda.
A chefe do Centro Estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte, reforçou sobre a importância de eliminar os criadouros. “A vistoria semanal nas residências e ambientes de trabalho em busca de recipientes que podem se tornar criadouros continua sendo a melhor forma de evitar a infestação de nossas cidades pelo Aedes Aegypti”, frisou.
No verão, a eclosão dos ovos do mosquito é favorecida. “Os ovos geralmente são depositados em água parada e podem sobreviver por mais de um ano à espera de um clima propício para se desenvolver. Entre os criadouros mais comuns estão vasos e pratos de plantas, garrafas pet, copos plásticos, sacolas, latas e outros materiais recicláveis. Também existem outros vilões que nem sempre estão à vista, como calhas entupidas, ocos de árvores e bandejas externas de geladeira”, alertou o boletim epidemiológico.