A campanha Outubro Rosa é uma das mobilizações mais conhecidas e divulgadas em todo o País. O Ministério da Saúde definiu como tema neste ano a mensagem “Mulher: seu corpo, sua vida”, para reforçar a importância do autocuidado e a conscientização da sociedade sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama e de colo do útero.
A campanha é simbolizada por um auto abraço, reafirmando o protagonismo feminino e valorizando o autocuidado. O objetivo também é estimular a conexão das mulheres com a saúde, de forma que a prevenção e o diagnóstico precoce sejam algo contínuo em suas vidas e não apenas no mês de outubro.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), indicam que o câncer de mama é o tipo mais frequente em mulheres, após o câncer de pele. Para o Brasil, foram estimados 73,6 mil novos casos em 2024, com um risco de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. É relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima desta idade a incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. O Ministério da Saúde afirma que cerca de 17% dos casos podem ser evitados por meio de hábitos de vida saudáveis.
Já o câncer do colo do útero, por sua vez, é o segundo tipo mais comum entre as mulheres no mundo, depois do câncer de mama, e a principal causa de morte por câncer entre mulheres em muitos países. No Brasil, é o terceiro tumor mais incidente na população feminina com 17 mil novos casos por ano no triênio 2023-2025, correspondendo a uma taxa de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.
Prevenção é foco da campanha Outubro Rosa
Hábitos saudáveis podem ajudar a prevenir o câncer de mama, entre eles a prática regular de atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. A amamentação é considerada um fator protetor pelos especialistas.
Diagnóstico
Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética.
Vacina protege contra o câncer de colo do útero
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A transmissão ocorre por via sexual.
A vacinação contra o HPV é a medida mais eficaz de se prevenir contra a infecção e está disponível gratuitamente pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além disso, o exame preventivo contra o HPV – Papanicolau – é um exame ginecológico comum para identificar de lesões precursoras do câncer do colo do útero.
Câncer de mama
Sinais e sintomas: o câncer de mama pode surgir como um nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo) como retrações; pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; ou saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.
Diagnóstico: a detecção do câncer de mama se dá com o autoexame; exame clínico das mamas; exames de imagem como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética; e biópsia, técnica que consiste na retirada de fragmentos do nódulo ou da lesão suspeita.
Tratamento: as mulheres que recebem o diagnóstico podem passar por cirurgia; radioterapia; quimioterapia; hormonioterapia; e terapia biológica
Câncer de colo do útero
Sinais e sintomas: o câncer de colo do útero pode não apresentar sintomas em fase inicial; nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual; secreção vaginal anormal; dor durante a relação sexual; dor abdominal; queixas urinárias ou intestinais.
Diagnóstico: para detectar a doença é realizado exame pélvico e história clínica; exame da vagina, colo do útero, útero, ovário e reto por meio de avaliação com espéculo; toque vaginal e toque retal; exame preventivo (Papanicolau); colposcopia; e biópsia.
Tratamento: o tratamento envolve eletrocirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Com informações do Ministério da Saúde