Ciência e Saúde

Ministério da Saúde adota esquema de vacinação em dose única contra o HPV

Público-alvo é formado por meninas e meninos de 9 a 14 anos

O Ministério da Saúde divulgou, nesta semana, uma nova estratégia de vacinação contra o HPV. O esquema será em dose única, substituindo o antigo modelo em duas aplicações. A ideia é intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus. O público-alvo é formado por meninas e meninos de 9 a 14 anos.

De acordo com a 1.ª Regional de Saúde, a cobertura vacinal no litoral do Paraná é baixa para o HPV. Para a primeira dose, a cobertura é baixa entre os meninos e, na segunda dose, está baixa para meninas e meninos. A dificuldade maior, segundo a Regional, está em fazer com que os adolescentes retornem para a segunda dose. “Estamos aguardando as orientações da SESA”, ressaltou a diretora da 1.ª Regional de Saúde, Carmen Cristina Moura dos Santos, sobre a aplicação da dose única na região.  

O principal objetivo é aumentar a adesão à vacinação e ampliar a cobertura vacinal, visando eliminar o câncer de colo do útero como problema de saúde pública. O Ministério da Saúde afirmou que a recomendação da dose única foi embasada em estudos com evidências robustas sobre a eficácia do esquema frente às versões com duas ou três etapas. Além disso, o esquema segue as recomendações mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Público-alvo

O público-alvo continua sendo formado por meninas e meninos de 9 a 14 anos, visando protegê-los antes da exposição ao vírus. O grupo prioritário também inclui pessoas com imunocomprometimento, vítimas de violência sexual e outras condições específicas, conforme disposição do Programa Nacional de Imunizações (PNI), podendo receber a vacina até os 45 anos.

Além disso, a nota técnica recomenda que os Estados e municípios realizem busca ativa para garantir que jovens brasileiros de até 19 anos tenham acesso à vacina contra o HPV. Nesses casos, poderão receber o esquema em dose única todas as pessoas dentro dessa faixa etária que não receberam uma ou duas doses do imunizante no período recomendado. 

Paraná

Estimativas indicam que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com câncer de colo de útero no Brasil todos os anos, sendo 2.290 na região Sul e 790 no Paraná. O Estado tem uma taxa de mortalidade estimada em 4.59 casos para cada 100 mil mulheres.

Apesar de ser uma doença que pode ser prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de óbito pela doença em mulheres. Diferente de outros tipos de câncer, a doença tem causa conhecida: a infecção resistente por algum tipo de HPV, infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. A doença segue como uma das principais causas de morte de mulheres em idade fértil por câncer no Brasil. 

Com informações do Ministério da Saúde

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Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.