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Ciência e Saúde

Mesmo com pandemia, Paraná mantém protagonismo em doações e transplantes

Paraná foi, em 2020, o Estado que mais realizou transplantes de rim. Foto: Venilton Küchler/Arquivo SESA

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Mesmo com pandemia, Paraná mantém protagonismo em doações e transplantes

Mesmo com a pandemia, o Paraná se mantém líder em doações de órgãos, transplantes de rim e menor recusa familiar no ranking nacional do último ano. O Estado atingiu a marca de 41,5 doações de órgãos por milhão de população (pmp) em 2020, ficando à frente de todos os Estados brasileiros e muito acima da média nacional, que fechou em 18,1 pmp. Os dados são da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e foram divulgados nesta semana. 

Além da liderança no número de doações, o Paraná foi o Estado que mais realizou transplantes de rim e o segundo em transplantes de fígado, com uma média de 40,6 e 20,1 transplantes pmp, respectivamente.

No ano passado, o Estado teve 1.161 notificações de potenciais doadores e 475 doações efetivas, as quais corresponderam a 698 transplantes de órgãos sólidos realizados no Estado.

“Mesmo com o enfrentamento da pandemia, o trabalho do Sistema Estadual de Transplantes se manteve no Paraná, permanecendo no topo do índice nacional durante todo o ano de 2020. Os números de procedimentos e doações representam vidas que foram salvas graças à solidariedade dos paranaenses”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Os dados também mostram que o Estado teve queda na taxa de recusa familiar. No último ano, apenas 23% das famílias recusaram a doação de órgãos, sendo este o índice mais baixo já registrado na história do SET/PR.

“O paciente que se encontra em fila, aguardando por órgão ou tecido para transplantes no Paraná, tem a certeza de que ele vai conseguir. Cada dia mais a população do Estado tem se mostrado mais solidária e consciente da importância da doação. Estamos felizes em realizar este trabalho e continuar fazendo a diferença para que tenhamos sempre melhores resultados”, disse a coordenadora do SET/PR, Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch.

Entrevista Família

No Brasil, as doações de órgãos ocorrem somente após o diagnóstico da morte encefálica e precisam ser autorizadas pela família, mesmo que o paciente tenha registrado em vida a vontade de ser doador. Todas as famílias dos potenciais doadores conversam com as equipes de saúde para esclarecer dúvidas e receberem orientações quanto à possibilidade da doação de órgãos.

O sucesso deste processo é possível por meio do trabalho do Sistema Estadual de Transplantes, estruturado pela Central Estadual de Transplantes (CET/PR) e quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) que atuam com as 67 Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante nas ações de identificação de potenciais doadores, acolhimento e entrevista familiar.

A CET/PR conta com uma equipe médica intensivista que fica 24 horas à disposição, todos os dias da semana, para auxiliar os profissionais dos hospitais notificantes quanto ao protocolo de morte encefálica e manutenção hemodinâmica do potencial doador.

Neste último ano, buscando aperfeiçoar ainda mais a qualidade do serviço, o SET/PR estruturou um setor de pós-transplante, cujo objetivo é monitorar os resultados de sobrevida dos pacientes transplantados e verificar a qualidade dos serviços transplantadores.

Covid-19

No Paraná todos os potenciais doadores de órgãos estão sendo testados para a Covid-19, através do exame RT-PCR, garantindo segurança aos receptores e tranquilidade aos profissionais de saúde envolvidos no processo.

Fonte: AEN

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