Ciência e Saúde

Litoral tem 28% das crianças até um ano vacinadas contra a meningite C

Sistema de Informações indica que cobertura vacinal está baixa

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vacinação contra meningite

A vacina contra a meningite C, chamada de Meningocócica C, deve ser aplicada nos primeiros meses de vida para proteger as crianças da doença. No entanto, no litoral paranaense, apenas 28% dos bebês até um ano de idade receberam as doses recomendadas. Os dados são do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), fornecidos pela 1.ª Regional de Saúde, e se referem ao período de janeiro a outubro de 2022.

A meta do Ministério da Saúde é atingir, ao menos, 95% do público-alvo para evitar a disseminação da doença. O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, sendo indicadas duas doses, aos 3 e aos 5 meses de idade e um reforço preferencialmente aos 12 meses de idade.

A meningite é uma inflamação das meninges, que são membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, e pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. A doença é considerada endêmica no Brasil, pode levar à morte e pode ocorrer durante todo o ano.

A cidade de São Paulo registrou, somente neste ano, ao menos 10 mortes por meningite e confirmou 58 casos. O que chama a atenção do Paraná, Estado vizinho, para reforçar a vacinação contra a doença.

Litoral

A cidade do litoral do Paraná com maior cobertura vacinal é Antonina, que imunizou 53,11% das crianças até um ano de idade com a Meningocócica C entre janeiro e outubro de 2022, de acordo com dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações.

As demais cidades da região ainda não alcançaram nem metade do público-alvo. Depois de Antonina, em ordem decrescente de cobertura vacinal, está Guaratuba (43,76%), Guaraqueçaba (28,18%), Morretes (27,73%), Paranaguá (26,67%), Pontal do Paraná (18,9%) e Matinhos (15,03%).

Recomendação 

Em julho deste ano, o Ministério da Saúde expediu uma nova recomendação. Desde então, a Meningocócica C pode ser aplicada em crianças de até 10 anos que ainda não foram vacinadas. Assim como os trabalhadores de saúde, mesmo com o esquema vacinal completo, podem agora se vacinar com mais uma dose.

Apesar de a faixa etária em maior risco de adoecimento ser a de crianças menores de um ano de idade, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença.

“Uma das principais medidas para a prevenção e controle da doença meningocócica do sorogrupo C, é a manutenção de elevadas coberturas vacinais tanto na população infantil como em adolescentes. A adoção dessa estratégia tem como objetivo aumentar a proteção contra a doença causada por esse sorogrupo, evitando a ocorrência de surtos, hospitalizações, sequelas, tratamentos de reabilitação e óbitos”, disse a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Adriana Lucena.

No Brasil, também é disponibilizada a vacina da meningite ACWY, aplicada na faixa etária de 11 a 14 anos de idade. Sem setembro de 2019, a vacinação foi ampliada também para adolescentes de 13 a 14 anos, a recomendação segue até junho de 2023, conforme definições do Programa Nacional de Imunizações.

Com informações do Ministério da Saúde

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Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.