Na terça-feira, 20, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou o Informe Epidemiológico n.º 43/2022-2023 sobre a situação da dengue em todo o Paraná.
Segundo os dados técnicos, neste boletim o litoral paranaense contabilizou 417 novos casos de Dengue, doença causada pelo mosquito Aedes aegypti. A região litorânea registra 7.178 pessoas infectadas desde o começo de agosto de 2022.
Os dados são do 43.º Informe Epidemiológico, do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 31 de julho de 2022 e deve seguir até agosto de 2023.
Neste ciclo foram confirmados 100.686 casos e 78 mortes por Dengue no Paraná, no atual período epidemiológico, e que será concluído em 40 dias.
LITORAL
No informe divulgado pela Sesa, o litoral contabiliza 7.178 casos da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, desde 31 de julho de 2022, sendo Paranaguá (3.287); Matinhos (1.755); Guaratuba (1.318); Pontal do Paraná (471); Guaraqueçaba (203); Antonina (107) e Morretes (37).
O litoral do Paraná tem 991 casos em investigação da doença, sendo Guaratuba (99); Pontal do Paraná (543); Paranaguá (271); Guaraqueçaba (8); Morretes (83); Matinhos (49) e Antonina (30).
Dentro deste período epidemiológico já são oito mortes pela doença aqui no litoral, sendo Matinhos (4), Paranaguá (1), Pontal do Paraná (2) e Guaratuba (1).
CHIKUNGUNYA
O Informe Epidemiológico n.º 43/2022-2023 da Secretaria de Estado da Saúde indica que no litoral são 36 casos suspeitos de Chikungunya no litoral, sendo Guaratuba (18); Paranaguá (7); Pontal do Paraná (8); Matinhos (2) e Morretes (1). Dentro deste período epidemiológico, a cidade de Paranaguá contabiliza 1 caso confirmado de Chikungunya.
O Paraná registra 6.771 novos casos de dengue, 10 óbitos pela doença e mais 7.818 notificações. Com a atualização, o Estado contabiliza 100.686 confirmações de dengue, 78 óbitos e 316.031 notificações no atual período epidemiológico, iniciado em 31 de julho de 2022 e que será concluído em 40 dias.
De acordo com o boletim, 362 municípios apresentam casos confirmados e 63.569 casos ainda estão em investigação.
Os 10 óbitos relatados no boletim desta semana ocorreram entre os meses de março e maio, em seis municípios do Paraná. Dentre eles, estão quatro moradores de Foz do Iguaçu (duas mulheres, de 47 e 26 anos, e dois homens, de 35 e 61 anos); três pessoas residentes no Litoral do Estado (um homem de 66 anos de Guaratuba, e outro homem e uma mulher, com 30 e 73 anos, ambos de Pontal do Paraná); um homem de 79 anos, de Cafezal do Sul; um homem de 81 anos, de Faxinal; e uma mulher de 62 anos, de Jandaia do Sul. Das dez pessoas, oito tinham comorbidades.
CHIKUNGUNYA E ZIKA
O documento também traz os números de casos de chikungunya e zika, ambas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Durante este período não houve confirmação de casos de zika. Já o panorama de chikungunya no Paraná revela 3.344 notificações, 635 casos confirmados da doença, sendo 518 autóctones, e três óbitos.
MONITORAMENTO
A Sesa publicou também o informe entomológico, o terceiro do ano, com informações sobre índice de infestação e depósitos predominantes do vetor.
No período de 15 de abril a 16 de junho, dos 399 municípios do Paraná, 30 estão classificados em situação de risco de epidemia; 163 em alerta e 114 em situação satisfatória para o IPP (Índice de Infestação Predial). Os demais não enviaram informações ou não realizaram o monitoramento.
PRINCIPAIS DEPÓSITOS
O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) define depósito como todo recipiente utilizado para finalidade específica que armazene ou possa vir a armazenar água e que esteja acessível à fêmea do mosquito, onde ela pode depositar seus ovos.
Segundo o levantamento entomológico realizado durante o período, mais de 75% dos criadouros são passíveis de eliminação, como vasos de plantas, pneus e lixo, o que evidencia a necessidade de sensibilização da sociedade para o cuidado com seu domicílio e a intensificação dos serviços de limpeza urbana e destinação de resíduos.
Com informações da Sesa