Na quarta-feira, 11, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou os dados atualizados sobre a situação da Coqueluche no Paraná. O litoral do Estado tem 18 casos confirmados da doença, sendo dois em Guaraqueçaba, um em Guaratuba, um em Matinhos e 14 em Paranaguá. Os números continuam a subir no Paraná, que já contabiliza 342 casos, um óbito confirmado (na cidade de Londrina) e quatro em investigação.
De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2019 o Paraná registrou 101 casos de Coqueluche; em 2020 foram 26; em 2021 nove; em 2022 foram cinco casos e, no ano passado, 17.
O que é a Coqueluche?
Segundo a Sesa, a Coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. Estima-se que uma pessoa com coqueluche pode infectar de 12 a 17 outros indivíduos.
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A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.
Apesar dos sintomas serem parecidos com os de um resfriado, com febre, tosse, coriza, dores no corpo e cansaço, sem tratamento adequado a tosse pode aumentar consideravelmente.
Esquema de vacinação
A doença acomete principalmente crianças e lactentes até os seis meses de idade e a vacinação é a principal forma de controle. O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nos postos de saúde em todo o Estado.
“Os municípios possuem estoque das vacinas utilizadas para a proteção e imunidade das crianças. O Ministério da Saúde (MS) publicou uma nota técnica com alerta sobre a ocorrência da coqueluche no país. O Paraná segue as orientações e se mantém vigilante quanto à doença”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves.
A imunização contra a doença nas crianças ocorre por meio da vacina pentavalente e DTP. A primeira deve ser aplicada em três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida. Já a DTP deve ser administrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos.
Atualmente, as coberturas vacinais estão em 88,73% e 86,12%, respectivamente. Já para a dTpa, destinada aos trabalhadores da saúde e da educação e gestantes, a cobertura é de 68,93%.
Ações orientativas
A Sesa afirma que tem aplicado esforços para conter o aumento de casos da doença no Paraná. “A Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sesa não mede esforços para conter a doença e realiza várias ações em todo o Estado junto aos municípios. Elas incluem notas de alerta; videoconferências e capacitações presenciais com as Regionais de Saúde e municípios, além da busca ativa de gestantes e puérperas para imunização com dTpa e de crianças para atualização do esquema vacinal”, informou a Sesa.
Também é realizada a vacinação de forma excepcional dos trabalhadores de saúde e educação que atuam diretamente com gestantes, puérperas, neonatos e crianças menores de quatro anos.
As medidas incluem orientação para controle de visitas e contatos de sintomáticos respiratórios aos recém-nascidos; notificação e investigação imediatamente (até 24h) dos casos suspeitos e confirmados para medidas de controle e tratamento da doença em tempo oportuno; e outras ações direcionadas aos contatos próximos e sobre a coleta para o diagnóstico.
Com informações da Sesa