Ciência e Saúde

Litoral do Paraná confirma 149 novos casos de Dengue

Na terça-feira, 30, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou o informe epidemiológico da Dengue n.º 47, que compreende o último do período sazonal da doença de acordo com ...

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Na terça-feira, 30, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou o informe epidemiológico da Dengue n.º 47, que compreende o último do período sazonal da doença de acordo com o calendário epidemiológico definido pelo Ministério da Saúde.

Conforme consta nos dados técnicos, neste boletim o litoral paranaense registrou 149 novos casos de Dengue, doença causada pelo mosquito Aedes aegypti. A região litorânea registra, então, os casos de pessoas infectadas e de casos suspeitos neste período de monitoramento. Além disso, o boletim estadual apresenta outras informações de notificações, casos suspeitos e óbitos da doença.

Litoral

No informe divulgado pela Sesa, o litoral contabiliza, ao todo, 19.976 casos de Dengue, sendo Guaratuba (9.863); Paranaguá (4.033); Antonina (2.511); Matinhos (2.230); Morretes (897); Pontal do Paraná (438); e Guaraqueçaba (4). No total, o litoral já apresenta oito óbitos pela doença, sendo em Antonina (3); Paranaguá (2); Guaratuba (2) e Morretes (1).

Segundo a Sesa, Guaratuba é a cidade do litoral com o maior número de casos confirmados de dengue, com 9.863 no total, sendo que neste boletim, foram onze novos casos. Além disso, Paranaguá confirmou mais 103; Pontal do Paraná 25; e Morretes 1.

O litoral do Paraná tem 415 casos em investigação da doença, sendo Pontal do Paraná (306); Paranaguá (51); Guaratuba (28); Matinhos (21); Morretes (7) e Antonina (2).

Em relação a Chikungunya e Zika Vírus, não há confirmações nos municípios que compõem a 1.ª Regional de Saúde.

Paraná

O último informe da dengue deste período epidemiológico, publicado pela Sesa-PR, iniciado em 30 de julho de 2023, registra mais 8.031 casos da doença e 39 óbitos na última semana.

Somados aos dados do período, o Paraná contabiliza 939.453 notificações, 595.732 casos confirmados e 610 mortes em decorrência da dengue.

Londrina (40.552), Cascavel (32.338), Maringá (23.232), Apucarana (18.619) e Ponta Grossa (17.440) foram os municípios com mais casos confirmados neste período epidemiológico. No total, são 397 municípios com confirmações da doença. Apenas Agudos do Sul e Tunas do Paraná, na Região Metropolitana de Curitiba, não tiveram registros – Tunas do Paraná aparecia até há pouco com um caso confirmado, que foi descartado. Em relação aos óbitos, Cascavel (57), Londrina (52), Toledo (44), Apucarana (27) e Francisco Beltrão (19) lideram a lista.

Há 33 anos a Sesa divulga o panorama das arboviroses no Paraná. Em 1991, os primeiros dados registrados apresentaram 161 notificações da dengue e 16 casos importados confirmados ao longo de doze meses. No ano de 1993 foram registrados os primeiros casos autóctones do Estado, três no total.

A partir de 1995, o aumento dos casos autóctones foi expressivo, totalizando 1.519 dos 3.595 casos notificados naquele ano. À época, a população paranaense era de 8,7 milhões de habitantes e havia uma incidência de 17,43 casos autóctones por 100 mil habitantes. Os dados atuais são de 525.631 casos autóctones em uma população de 11,5 milhões de habitantes – uma incidência de 4.532,28 por 100 mil habitantes.

Até o período 2023/2024, o ano epidemiológico 2019/2020 era o que concentrava mais casos, com 227.724, além de 177 óbitos.

Para a coordenadora da Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte, os dados de 2023/2024 podem ser atribuídos, em grande parte, às mudanças climáticas, influenciadas, principalmente, pelo El Niño. “As regiões que historicamente apresentavam baixa circulação viral passaram a apresentar um cenário de impacto”, diz. “O aumento da pluviosidade e das temperaturas médias tem sido importantíssimos para a proliferação do Aedes, fazendo com que a densidade vetorial aumente, o que reflete na transmissão da dengue, sendo imprescindível a eliminação dos criadouros”.

A Sesa se mantém vigilante quanto ao cenário e já trabalha definindo novas e contínuas ações para o novo período epidemiológico, que teve início em 28 de julho de 2024. “Já projetamos e programamos ações para o próximo período sazonal. Só nos últimos seis meses investimos R$ 100 milhões para apoiar gestores municipais nas ações de Vigilância em Saúde. Não faltam recursos. Mas pedimos a colaboração de toda a população com a eliminação de potenciais criadouros do vetor”, complementa Ivana Belmonte. 

O secretário estadual da Saúde, Cesar Neves, lembra que o último período foi de muito trabalho e dedicação das equipes. “A dengue está presente em praticamente em todo o País, com mais de 6 milhões de casos e 4,8 mil óbitos, e no Paraná não foi diferente. Assim como em outros estados, aqui também houve enfrentamento dessa grande epidemia. Não medimos esforços para a realização de ações resolutivas, porém precisamos da ajuda da população”, afirmou.

A situação em relação à doença fez com que o Governo do Estado decretasse, em março, a situação de emergência em saúde pública para a dengue. A decisão foi tomada devido ao aumento no número de casos e óbitos pela doença. A vigência do decreto foi de 90 dias.

Vírus

No período 23/24, foram detectados três sorotipos de dengue em circulação no Paraná: DENV-1, DENV-2 e DENV-3. O DENV-1 teve a maior circulação nos municípios, representando mais de 80% das amostras tipificadas pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen). “A dengue é uma doença endêmica, temos casos durante todo o ano, mas o período de maior concentração de casos notificados teve início em janeiro e foi até maio, sendo que março e abril concentram o maior número de casos”, explicou a coordenadora da Vigilância Ambiental.

Chikungunya e Zika

Durante este período de um ano não houve confirmação de casos de zika no Paraná. Em relação à Chikungunya, o Estado registrou 1.920 notificações, 240 casos confirmados e nenhum óbito pelo agravo. Houve o registro de 183 casos autóctones e, destes, 77 eram pacientes residentes do município de Foz do Iguaçu, concentrando 42% dos casos autóctones no Paraná.

O informativo da dengue voltará a ser divulgado pela Vigilância Ambiental da Sesa na terceira semana de agosto. 

Com informações da Sesa-PR

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Hedran Gebran

Hedran (Guru) Gebran é jornalista e colunista diário do Jornal Folha do Litoral News, onde há mais de 20 anos comanda a Coluna do Guru. Com uma vasta experiência, escreve sobre política, eventos, entretenimento e diversos assuntos de interesse geral, oferecendo aos leitores uma visão única e bem-informada sobre os principais temas que impactam a cidade e a região.