Foi realizado, em Paranaguá, o Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa). Através dele, é possível perceber como está a incidência do mosquito na cidade. Conforme o secretário municipal de Saúde e Prevenção, Paulo Henrique de Oliveira, o levantamento demonstra que ainda falta conscientização da população no que tange a eliminar criadouros para o vetor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. “Lamentavelmente mesmo com todos os esforços da Secretaria de Saúde, de toda a prefeitura através de suas secretarias, percebemos que a população ainda não entendeu a gravidade e muitas pessoas ainda não estão fazendo a sua parte em eliminar possíveis criadouros para o mosquito em suas casas. Lógico que muitas outras já entenderam e fazem o seu papel deixando seus quintais limpos e sem locais com água parada que são os criadouros para o Aedes”, destacou Oliveira.
O LIRAa apontou risco médio de proliferação do mosquito em 26 bairros de Paranaguá. “Temos ainda, infelizmente, nesses 26 bairros, alguns moradores que não se conscientizaram. Mesmo com o registro de mortes no passado, ainda falta envolvimento de muitas pessoas da comunidade. Felizmente este ano tivemos uma redução grande de casos, mas mesmo assim precisamos eliminar qualquer risco de novas epidemias. Para isso, precisamos da conscientização da população para eliminar esses reservatórios de águas mesmo que sejam pequenos como tampinhas de garrafas ou copos plásticos”, enfatizou. “Todos os possíveis criadouros precisam ser eliminados independente do tamanho deles”, ressaltou.
O levantamento foi feito recentemente em 2.423 residências e 24 terrenos baldios. De acordo com a responsável pelo setor de Vigilância Ambiental e Riscos Biológicos da Semsap, Eliniz do Rocio Mendes, o trabalho usou como metodologia a escolha de um quarteirão inteiro do bairro para inspecionar. “A gente faz a inspeção em uma casa e escolhe o quarto imóvel seguinte. Caso ele esteja fechado, faz o seguinte, ou à esquerda ou à direita. Desta forma verificamos se há criadouros no local”, explicou.
NÚMEROS
Foram 11 equipes de agentes de endemias que percorreram todas as regiões de Paranaguá. Nas áreas definidas como Laranja, Azul e Roxa a situação estava mais preocupante, segundo a Secretaria de Saúde. Elas abrangem os seguintes bairros: Porto dos Padres, Vila Guarani I e II, Cruzeiro, Alboit, Auto Estrada (Vila Paranaguá), Araçá, Rocio, Serraria do Rocha, Jardim Iguaçu, Emboguaçu, Jardim Iguaçu, Samambaia, Sítio Cruzeiro, Parque Agari, Jardim Figueira, Vila do Povo, Colônia Santa Rita, Alvorada, Bockman, Campo Grande, Centro, Costeira, Leblon, Ponta do Caju e Palmital. “O prefeito Marcelo Roque preocupado com a população sempre enfatiza que é necessário não parar com as ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti e estamos ininterruptamente realizando ações com esse intuito. Se houver a necessidade retornaremos, inclusive, com o 'fumacê', essa atitude não está descartada”, frisou. O secretário disse ainda que novos levantamentos devem ocorrer futuramente para acompanhar a situação na cidade. No dia 10, foi iniciado trabalho nas áreas classificadas como de risco médio. Entretanto, o trabalho de prevenção vai continuar diariamente até beneficiar todos os bairros novamente, como vem ocorrendo desde o início do ano.