Ciência e Saúde

Fiocruz aponta queda na tendência de longo prazo de casos de SRAG no Paraná

Única exceção é com relação a crianças entre zero e 9 anos

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Na quinta-feira, 18, a Fundação Oswaldo Cruz divulgou mais uma edição do “Boletim Infogripe da FioCruz”, que indicou em todo o Brasil um cenário de estabilidade na incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com pequenas oscilações, na maioria das faixas etárias. A única exceção continua sendo as crianças de zero e 9 anos, onde há novamente sinal de crescimento, com cerca de 1.500 casos semanais, número maior do que o registrado em julho de 2020 (1.282 casos). O Paraná, junto com outros nove estados do País, apresenta um sinal de queda na tendência de longo prazo nos casos de SRAG, segundo a fundação. 

“Os resultados laboratoriais seguem indicando maior volume de outros vírus, com predominância do vírus sincicial respiratório. A análise é referente à SE 45, do dia 7 até o dia 13 de novembro.  Esse aumento de casos de SRAG associados a outros vírus respiratórios em crianças se observa em diversos estados do país, uma consequência direta da maior exposição dessa população nos últimos meses”, explica a Fiocruz.

Segundo o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, “a situação reforça a importância da revisão dos protocolos adotados no ambiente escolar, como avaliação da capacidade de ventilação e circulação de ar nas salas de aula, bem como distribuição e uso consciente de máscaras adequadas (PFF2)”, complementa.

Adultos

Com relação à população adulta, de 20 anos ou mais, segundo a Fiocruz, “o patamar atual está nos menores valores desde o início da epidemia no país”, explica. “Mas, nesse grupo, o vírus Sars-CoV-2 segue predominante nos casos com resultado laboratorial. Em relação aos adolescentes, ainda que com redução na positividade geral e maior presença relativa de casos positivos para Rinovírus, a maioria dos testes também aponta Covid-19”, completa a assessoria.

“Nenhuma das 118 macrorregiões de saúde apresenta nível de SRAG extremamente alto. Dezesseis seguem em nível muito alto, localizadas em seis unidades da federação: Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. De acordo com os indicadores de transmissão comunitária, a maioria das capitais está em macrorregiões de saúde com nível alto ou muito alto, embora os números sigam diminuindo gradativamente. Nenhuma delas pertence a macrorregiões com nível extremamente elevado”, informa a Fiocruz.

Curitiba, junto com outras 19 capitais do País, apresenta um nível classificado como alto com relação à SRAG.  “Das 27 capitais, apenas São Luís integra uma macrorregião de saúde em nível pré-epidêmico. Belém e Boa Vista integram macrorregiões em nível epidêmico, enquanto Belo Horizonte, Brasília e São Paulo pertencem a macrorregiões em nível muito alto. As restantes estão em nível alto. São elas: Aracaju, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, Teresina e Vitória”, informa.

Paraná e SRAG

Segundo a fundação, o Brasil está registrando um sinal de estabilidade nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto (últimas três semanas) prazo. Cinco estados apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a última análise: Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins. “Mas o cenário na maioria desses lugares é compatível com oscilações em torno de valores estáveis”, salienta. “Dez outras unidades federativas apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo. São elas: Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro e Sergipe. Amapá, Bahia e Rio de Janeiro apresentam sinais de crescimento na tendência de curto prazo, compatível com estabilidade”, complementa, destacando o cenário paranaense.


Com informações da Fiocruz

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