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Ciência e Saúde

Fiocruz alerta para aumento de casos de SRAG entre adultos no Paraná

Estado apresentou sinal de crescimento na tendência de longo prazo

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Foto: Erasmo Salomão/MS

Na quinta-feira, 12, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou o novo Boletim InfoGripe que demonstrou indícios de crescimento da Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) entre adultos em vários estados do País. Os dados foram contabilizados entre o fim de abril e o início de maio. O Paraná acompanha esta tendência de aumento de SRAG entre a população adulta. Segundo a Fiocruz, além disso, os dados epidemiológicos apontam também a incidência do chamado vírus sincicial respiratório (VSR) entre crianças pequenas no Brasil, algo que corresponde a 41,2% do total dos casos de SRAG no País.

“Os casos de Sars-CoV-2 (Covid-19) apontam interrupção de queda entre as notificações com resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios, correspondendo a 37% nas últimas quatro semanas. A contribuição dos casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) segue sendo a maior entre os vírus testados, correspondendo a 41,2% do total de casos de SRAG com resultado laboratorial positivo para vírus respiratório entre os casos das últimas quatro semanas, ainda que esteja fundamentalmente restrito a crianças pequenas”, detalha a Fiocruz.

Os dados possuem base com relação à Semana Epidemiológica (SE) 18, que analisou o período de 1 a 7 de maio, conforme informações inseridas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 9 de maio de 2022. Segundo o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, devido ao sinal de aumento entre adultos, é necessária uma atenção especial na rede laboratorial em todo o Brasil, no sentido de identificar quais vírus ou qual vírus está associado a esta tendência recente. 

Gomes afirma que é essencial analisar uma diferenciação entre casos de Covid-19 que, segundo ele, seguem sendo a principal causa de SRAG entre os casos com identificação laboratorial entre adultos. “A curva nacional de SRAG tem sinal de crescimento nas tendências de longo (últimas 6 semanas) e curto prazo (últimas 3 semanas).  A estimativa é de 5,0 (4,3 – 5,8) mil casos na semana 18”, completa.

Paraná

O Paraná, junto a outros 16 estados do Brasil (AC, AL, AM, AP, CE, MA, MS, MT, PA, RJ, RN, RO, RR, RS, SC e TO), apresentou no último informe sinal de crescimento nos casos de SRAG na tendência de longo prazo. “Em Minas Gerais, há sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo. Entre as capitais, 17 das 27 apresentam indício de crescimento na tendência de longo prazo: Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA) e Vitória (ES)”, informa.

“No total, 24 macrorregiões de saúde encontram-se em nível pré-epidêmico, 20 em nível epidêmico, 65 em nível alto, 9 em nível muito alto, e nenhuma em nível extremamente alto. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,9% Influenza A, 0,5% Influenza B, 41,2% vírus sincicial respiratório, e 37,0% Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos do ano corrente, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 2,8% Influenza A, 0,7% Influenza B, 8,5% vírus sincicial respiratório (VSR), e 81,6% Sars-CoV-2 (Covid-19) nas últimas quatro semanas”, finaliza a assessoria da Fiocruz.

Com informações da Fiocruz

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