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Ciência e Saúde

Fiocruz alerta para aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave entre crianças

Média móvel entre crianças de 5 a 11 anos aumentou entre fevereiro e março

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Foto: Leonardo Oliveira/Fiocruz

Na última semana, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu mais um Boletim Infogripe onde alertou sobre o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças em todo o Brasil. Segundo a Fiocruz, entre fevereiro e março, o aumento na média móvel de casos no público infantil de 0 a 5 anos foi de 77% e entre crianças de 5 a 11 anos o crescimento no índice foi de 216%. Além disso, a fundação explica que a prevalência entre os casos de resultado positivo para vírus respiratórios é de 73,8% para Covid-19, algo que reforça a importância da vacinação contra a pandemia.

“Desde a primeira semana de fevereiro até a Semana Epidemiológica de 13 a 19 de março, o número de casos passou de aproximadamente 970 para cerca de 1.870 por semana. Entre as crianças de 5 a 11 anos, o aumento na média móvel no mesmo período foi de 216%, saindo de cerca de 160 casos semanais para uma média estimada em 506 casos semanais. A análise mostra ainda a interrupção de queda nos casos associados ao Sars-CoV-2 (Covid-19) na faixa de 5 a 11 anos”, detalha a assessoria.

Segundo a Fiocruz, nas últimas quatro semanas epidemiológicas no País “a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,3% Influenza A, 0,3% Influenza B, 15,8% vírus sincicial respiratório, e 73,8% Sars-CoV-2 (Covid- 19)”, acrescenta. “Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,7% Influenza A, 0,0% Influenza B, 0,1% vírus sincicial respiratório (VSR), e 98,5% Sars-CoV-2 (Covid-19)”, detalha a entidade.

Aumento do VRS entre crianças de 0 a 4 anos

“Os dados laboratoriais preliminares sugerem aumento nos casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) na faixa etária de 0 a 4 anos. O VRS, que pertence ao gênero pneumovírus, é um dos principais agentes de infecção aguda nas vias respiratórias em crianças pequenas, que pode afetar os brônquios e os pulmões. É responsável pela bronquiolite aguda e pneumonia”, afirma a Fiocruz.

Curva nacional geral de SRAG segue em queda

Segundo o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, os registros de Sars-CoV-2 mantém predomínio entre os casos com resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios em todas as faixas etárias analisadas, exceto nas crianças de 0-4 anos de idade. O cientista afirma que, apesar da manutenção do cenário de queda na população em geral com relação à pandemia, “a incidência de SRAG em crianças de 0 a 11 anos apresenta ascensão significativa em diversos estados ao longo do mês de fevereiro, estando associada tanto a casos de VSR nos mais pequenos [0 a 4 anos], quanto também a casos de Covid-19 no grupo de 5 a 11 anos”, completa a assessoria.

A fundação ressalta que a curva nacional dos casos de SRAG segue em sinal de queda nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas), algo que acompanha a redução nos casos do Coronavírus. “No entanto, apresenta indícios de possível início de estabilização em patamar que já é inferior ao de começo de novembro de 2021 – quando havia sido registrado o menor número de novos casos semanais desde o início de epidemia de Covid-19 no Brasil”, complementa.

Com informações da Fiocruz

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