Ciência e Saúde

Casos de chikungunya em Paranaguá demandam novas ações

Município já registrou 10 casos da doença desde agosto de 2016

A Secretaria Estadual da Saúde confirmou na quarta-feira, 3, nove casos de chikungunya em Paranaguá, no Litoral do Estado. O município já registrou 10 casos da doença desde agosto de 2016, todos autóctones – contraídos dentro do próprio município. Em todo o Paraná, são 44 confirmações no mesmo período, sendo 23 deles importados.
Para evitar que o número aumente ainda mais, o Governo reforça o apoio ao enfrentamento do mosquito Aedes Aegypti, causador da doença. A partir de sexta-feira, 5, o Estado inicia o primeiro ciclo de aplicação do "fumacê", inseticida utilizado contra o mosquito adulto, em sua forma alada. Oito veículos vão aplicar o inseticida. Em 25 dias, o objetivo é promover cinco ciclos em 100% do território de Paranaguá.
Um levantamento feito em janeiro deste ano mostrou que o município apresenta um índice de infestação do mosquito de 2,42%. O dado compara a quantidade de imóveis visitados com o número de focos com larvas do mosquito encontrados nessas visitas, ou seja, mais de duas casas infestadas para cada 100 pesquisadas. Em alguns bairros o índice passou de 14%.
O planejamento para auxiliar no controle do vetor também envolve a remoção dos criadouros. “É importante reforçar para a população que o "fumacê" elimina apenas o Aedes em sua fase adulta. Para acabar com a transmissão das doenças como a chikungunya, a zika e a própria dengue, é necessário eliminar todos os focos de água parada e não deixar o mosquito nascer”, reforça a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira.

Em parceria com a Prefeitura de Paranaguá, desde o início de abril, são feitas inspeções em residências e estabelecimentos comerciais da cidade. Agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias e funcionários do município e da 1.ª Regional de Saúde vistoriam os domicílios para orientação da população e remoção de possíveis criadouros do mosquito, como focos de água parada.
Além disso, desde janeiro, a aplicação do inseticida já ocorre por meio do pulverizador costal, indicado para ambientes fechados ou de difícil acesso. A ação é feita a partir da localização das regiões mais afetadas durante as visitas das equipes. “A maioria dos focos está justamente em residências ou imóveis privados. Por isso, precisamos do apoio da população”, destaca a diretora da 1.ª Regional de Saúde, Ilda Nagafuti.
Segundo Ilda, a redução dos casos de dengue e a vacina contra a doença aplicada na população local reduziu o estado de alerta e o cuidado dos moradores. “O povo de Paranaguá precisa se lembrar da grave situação de epidemia que enfrentamos entre 2015 e 2016 e também saber que o mosquito não transmite só a dengue, mas também a zika e a chikungunya. Ou seja, o cuidado com a limpeza e a água parada em suas casas ou locais de trabalho deve se manter”, enfatiza. A cidade também tem um caso autóctone de zika confirmado.

 

 

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