Com o objetivo de combater o mosquito transmissor da dengue em Paranaguá, a Secretaria Municipal de Saúde e a 1.ª Regional de Saúde, estão agindo em conjunto na cidade. Nesta semana, três equipes fazem a aplicação do inseticida por meio da bomba costal. Nos bairros Jardim Paranaguá, Vila Garcia e Vale do Sol, a ação já foi finalizada e hoje, 24, a aplicação será concluída no Jardim Esperança e iniciada no Porto Seguro.
O uso da técnica faz-se importante neste período em que os casos voltaram a aparecer. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no dia 22, Paranaguá possui 26 novos casos confirmados da doença, sendo 332 notificados e 265 descartados. Nos outros municípios do litoral, apenas Guaratuba aparece com um caso confirmado.
A agente de endemias e coordenadora de uma das equipes de aplicação da bomba costal da Secretaria Municipal de Saúde, Alessandra Mendes de Oliveira, informou que a ação começou na segunda-feira. “Já passamos por alguns bairros, mas vamos fazer na cidade inteira”, frisou.
A bomba costal é um inseticida que visa a matar o mosquito na fase adulta. “Ela não mata os ovos do mosquito, por isso a gente sempre orienta que as pessoas lavem o pote que tem a água do cachorro, piscinas, porque o inseticida mata o mosquito”, explicou a coordenadora.
A profissional contou que os agentes que aplicam o inseticida passaram por capacitação prévia para operar a bomba costal. “Alguns já fizeram esse trabalho no ano passado. Foram formadas três equipes e todos estão capacitados”, destacou Alessandra. O período estimado para terminar a aplicação em todos os bairros é de 20 dias, mas pode ocorrer prorrogação.
ORIENTAÇÕES
Além da aplicação do inseticida nas vias públicas, os agentes também solicitam aos moradores a entrada nas residências para que o trabalho seja mais efetivo. Nestes primeiros dias, as equipes observaram que nem todos deixam entrar na casa devido à presença de animais. “É importante que as pessoas não neguem essa entrada, pois há muito medo na questão de cachorros e passarinhos. Mas o produto não agride os animais, a gente só pede para tirar da frente do inseticida por precaução”, esclareceu Alessandra.
Nesta época do ano, tornam-se imprescindíveis ações deste tipo para controlar e evitar que novos casos da doença apareçam. “Não queremos mais óbitos nem outra epidemia como a que tivemos. Precisamos do bom senso de todos, para que abram suas casas para facilitar o nosso trabalho”, afirmou a coordenadora de equipe.