No último domingo, 29, o Ministério da Saúde (MS) emitiu um alerta com relação ao aumento de casos de bronquiolite e pneumonia entre crianças, algo que atinge principalmente regiões no Brasil com maior queda de temperatura no outono e inverno, algo que abrange o Paraná e o litoral. Segundo o MS, o clima favorece a proliferação do vírus sincicial respiratório (VSR), que causa infecções nas vias respiratórias, principalmente entre crianças com menos de cinco anos de idade, gerando necessidade de prevenção e diagnóstico precoce por parte de pais e responsáveis para evitar casos graves.
“O VSR é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos e crianças pequenas, que podem causar bronquiolite e pneumonia. O período de sazonalidade do vírus normalmente tem início em maio e se estende até o mês de setembro, podendo se alongar em algumas regiões”, informa o Ministério da Saúde.
De acordo com os dados do MS, entre janeiro e abril deste ano, foram notificados cerca de 3,6 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causados pelo vírus sincicial. “A maior parte dos casos ocorreu em crianças menores de 4 anos de idade. Importante ressaltar que no Brasil as informações sobre os dados epidemiológicos, com resultados laboratoriais de VSR, ocorre de maneira amostral, nem todos os casos notificados são pesquisados para VSR, então os dados apresentados inferem uma amostra de casos observados, e identifica a circulação do VSR no local, unidade federada e país”, detalha.
Sintomas
De acordo com a pasta federal, os sintomas mais comuns do VSR são febre baixa, dor de garganta, dor de cabeça e secreção nasal. É necessário ainda “ficar atento caso outros sinais de alerta apareçam, como febre alta, tosse persistente, dificuldade para respirar, chiado no peito, lábios e unhas arroxeados”, acrescenta. “Com o aparecimento desses sintomas, a recomendação é procurar uma Unidade Básica de Saúde para o primeiro atendimento”, detalha o MS.
Quadros mais graves do VSR em crianças
“O vírus pode atingir pessoas de qualquer idade, inclusive adultos, mas os quadros mais graves acontecem em crianças menores de 2 anos, especialmente nos menores de 6 meses. Por isso, a amamentação nessa fase da vida, por exemplo, é um reforço imunológico importante. Em casos de infecção, o diagnóstico é clínico e pode ser feito o exame de painel viral que detecta a presença do VSR na orofaringe”, alerta o Ministério da Saúde.
A pasta afirma que, com foco na redução dos riscos de bronquilite e pneunomia em crianças, o MS reforça nesta época de outono e proximidade do inverno, que pais e responsáveis façam com que se evite o “contato ou exposição da criança com outra pessoa já contaminada, bem como se reforcem os cuidados básicos de higiene como lavagem frequente das mãos com água e sabão e limpeza dos objetos que podem estar contaminados, como brinquedos, podem prevenir a transmissão do vírus”, completa.
“Além das medidas não farmacológicas, a Pasta tem um programa estratégico para prevenção da infecção pelo VSR em crianças altamente vulneráveis que correm o risco de desenvolver quadros graves. Essas crianças são aquelas que nasceram com menos de 28 semanas de idade gestacional ou que tenham Cardiopatia Congênita ou Doença Pulmonar Crônica da prematuridade descompensadas. A prevenção é feita com o anticorpo monoclonal Palivizumabe, que é aplicado mensalmente durante 5 meses no período da sazonalidade (que pode variar de fevereiro a agosto de acordo com a região)”, finaliza o Ministério da Saúde.
Com informações do Ministério da Saúde