Cidadania

Conselho Tutelar já realizou cerca de 1.200 atendimentos em Paranaguá neste ano

Conselho Tutelar funciona em novo endereço, na Rua Faria Sobrinho, onde antes funcionava a Secretaria Municipal de Assistência Social

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Cerca de 1.200 crianças e adolescentes foram atendidas pelo Conselho Tutelar em Paranaguá neste ano. Isso corresponde a aproximadamente 300 atendimentos por conselheiro ao mês. A demanda chega ao órgão sempre quando um direito do público em questão é violado. O trabalho é fundamental para tentar garantir o bem-estar e o cuidado de menores e tomar providências quando algo está em desacordo com a lei.

O conselheiro tutelar Getúlio Rauen explicou que os atendimentos se dividem em delegacias, hospitais, conflito familiar, escolas etc. “Muitas vezes, o adolescente chega ao hospital sem acompanhante ou há suspeita de violência física ou psicológica, o serviço social aciona o Conselho Tutelar. Essas demandas geralmente chegam de madrugada. Alguns pais deixam os filhos no hospital e vão embora, mas é preciso de cuidado 24 horas. Neste caso, é acionado o conselho, que vai atrás da família para notificar porque ela precisa zelar pela integridade física da criança”, relatou Rauen.

PARTICIPAÇÃO DAS ESCOLAS

A época em que se concentra o maior número de atendimentos é no período escolar, já que em média 70% deles são comunicados através das escolas. “Somos bastante acionados pelas escolas municipais, pois é lá que são observadas aquelas crianças que chegam sujas, machucadas, sem cuidados básicos de saúde, evasão escolar, negligência, vítimas de abuso sexual etc.”, frisou Rauen.

Somente em uma semana, oito crianças de três famílias precisaram ser retiradas de suas casas após denúncias de escolas. “A educação tem feito um belíssimo trabalho no sentido de observar a criança e acionar o conselho”, ressaltou Rauen. Para o conselheiro, os casos de evasão escolar são motivados, muitas vezes, pelo uso de drogas.

“Fazemos um trabalho para que o jovem volte a estudar, mas de cada dez, dois voltam para as salas de aula. Se o adolescente não voltar à escola, quem é punido é pai ou a mãe, não ele. Ele é encaminhado a um psicólogo, assistentes sociais, mas quem responde criminalmente são os pais”, explicou Rauen.

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DENÚNCIAS

As denúncias ao Conselho Tutelar chegam também através do Disque 100 (Governo Federal), do Disque 181 (Governo Estadual), pelo celular (41) 99207-9514 (Plantão do Conselho Tutelar), chamados da Polícia Militar, da Guarda Civil Municipal, da delegacia, do CRAS (Centro Referência em Assistência Social), do CREAS (Centro de Referência Especializado em Assistência Social) e por meio das escolas. 

Além disso, o atendimento pode ser realizado diretamente na sede do Conselho Tutelar em Paranaguá que está localizado em novo endereço, na Rua Faria Sobrinho, no antigo prédio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Provopar.
 

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