conecte-se conosco

Ação Social

Grupo no litoral confecciona polvos de crochê para bebês prematuros

Técnica tem sido utilizada em UTI neonatal em vários lugares do mundo

Publicado

em

Um grupo de mulheres no litoral do Paraná, nos municípios de Pontal do Paraná e Paranaguá, estão confeccionando polvos de crochê para doação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Os bichinhos são colocados dentro das incubadoras junto aos bebês prematuros com o objetivo de oferecer maior acolhimento. 

Apesar do uso ainda não ser chancelado pelo Ministério da Saúde, alguns estudos mostram que o polvo de crochê, por seus tentáculos lembrarem o cordão umbilical, tem auxiliado no tratamento dos recém-nascidos, oferecendo calma e segurança.

A idealizadora da iniciativa no litoral do Paraná, Karin Cristina Geis, afirmou que o Projeto Octo Litoral é composto por cinco voluntárias fixas, além de outros parceiros, que confeccionam os polvos e encaminham para o Hospital Regional do Litoral (HRL).

Relato

“Tenho gêmeos autistas que hoje estão com 17 anos e vi o filho de uma amiga que também é autista com um polvinho na mão. Chamei ela para montar o projeto que ainda não existia no litoral e começamos a divulgar. Algumas pessoas começaram a me procurar e ajudar no projeto. Como não temos hospital em Pontal do Paraná, entrei em contato com o Hospital Regional e pedi para fazer uma entrega e deu muito certo. Nessa semana, recebemos a notícia de que já estão supridos de polvinhos e saber que pudemos contribuir para nós foi extraordinário”, explicou Karin.

Para contribuir com crianças autistas, o grupo também passou a confeccionar os polvos com expressões diferentes. “Começamos a fazer com carinhas reversas, de triste e feliz, e fizemos a doação. Além disso, também fizemos as mamas de crochê com nódulos para auxiliar na campanha Outubro Rosa”, contou Karin.

Os interessados podem ajudar com a doação de linha Anne, fibra de poliéster antialérgica ou lã própria para bebês.

Como surgiu

A ideia de fazer o polvo para bebês prematuros foi criada na Dinamarca por um pai que teve uma filha prematura. De acordo com o projeto Octo Brasil, o pai pediu a uma amiga para que produzisse o animal em crochê e levou para o hospital. O “brinquedo” foi esterilizado e colocado junto a criança. A partir disso, médicos e enfermeiras começaram a perceber que a menina se recuperava e desenvolvia mais rápido do que os outros prematuros nascidos no mesmo dia. Com o tempo, a ideia foi replicada em vários países e criado o Projeto Octo no Hospital Universitário de Aarhus, na Dinamarca.

“Hoje, existem vários grupos de voluntários pelo mundo, todos independentes. Porém existe uma grande afinidade entre eles, a missão de “polvoar” amor levando aconchego e amor aos bebês prematuros e suas famílias”, disse Karin.

Publicidade










Em alta

plugins premium WordPress