Na tarde da quinta-feira, 12, representantes do projeto Feira da Partilha, que acontece anualmente com doações de mercadorias apreendidas pela Receita Federal para angariar recursos por entidades sociais de Paranaguá e do litoral, visitaram a sede em construção do Projeto Social Ágape, uma das instituições beneficiadas pela Feira. A idealizadora da Feira da Partilha, Regina Daux, esteve no prédio, na região do Jardim Alvorada em Paranaguá, junto à coordenadora, Lisangela Faucz, ao presidente do Projeto Social Ágape, pastor Nivaldo Cavallari, da Primeira Igreja Batista (PIB), bem como à coordenadora pedagógica da entidade, Selma Camargo Meira, e à tesoureira, Ana Paula Souza Silva Paes.
“A gente concedeu este terreno ao Projeto Social Ágape em 2005 e ficou parado por um tempo, sendo agora retomada em 2019 as obras, que estão na parte de finalização. Estamos muito contentes, o prédio está ficando ótimo. Desde os projetos que as entidades encaminha à Receita Federal, após aprovados, são doados proporcionalmente o valor em mercadorias, e a gente faz a feira e transforma isso em recursos para cada iniciativa”, afirma Regina Daux, ressaltando que o instituição participa há três edições da Feira da Partilha, com recursos angariados utilizados para que a obra se tornasse realidade.
Nivaldo Cavallari, presidente do Projeto Social Ágape, explica que a instituição atua desde 2008 com crianças em situação de risco, com foco naqueles que passaram por abuso, constrangimentos e privação social, sendo encaminhadas pelo município e Conselho Tutelar à entidade, com apoio pedagógico e psicológico. “Trabalhamos com voluntários trabalhando com as crianças e com foco também em alcançar as famílias, no intuito de solucionar problemas que estão trazendo violência às crianças”, acrescenta, destacando que o projeto deverá retomar as atividades em breve, algo que ocorrerá provisoriamente em uma casa reformada cedida pela Igreja Batista Memorial, porém, com a pandemia, tudo teve que ser paralisado. “Agora, em negociação com a Secretaria de Assistência Social (Semas), estamos pensando em retomar as atividades em breve, entre 15 dias a um mês, assim que sair o convênio”, explica.
A obra atualmente está sendo encaminhada para fase final de construção, sendo um prédio com dois andares, com diversas salas e auditório, tudo sendo viabilizado com recursos da Feira da Partilha, bem como apoio das empresas Cattalini, Rocha e da Construtores Voluntários (COVU) da denominação Batista. A entidade nasceu filiada à PIB, mas atualmente conta com CNPJ e presta serviços à sociedade parnanguara.
A coordenadora da Feira da Partilha, Lisangela Faucz, explica a importância da feira para conceder recursos a diversos projetos sociais de Paranaguá e do litoral. “Nós gostamos de acompanhar os projetos, para saber se está sendo executado o que está sendo pedido”, salienta sobre a visita, destacando que neste ano houveram 23 projetos envolvidos na Feira neste ano. “A Receita Federal é muito preocupada no retorno à sociedade daquilo que foi desviado, ajudando pessoas que estão precisando”, explica.
A coordenadora pedagógica do Projeto Social Ágape, Selma Meira, explica que a entidade atende crianças que passaram por processo de violência física e sexual na faixa etária de 6 anos a 13 anos e 11 meses. “O nosso trabalho ocorre por oficinas, com dança, música, culinária, reforço escolar”, salienta, ressaltando o trabalho em prol da autoestima e resgate da esperança das crianças, frisando também, em paralelo, o programa de apadrinhamento afetivo que será retomado junto ao Judiciário.