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Editorial

Novos visitantes no litoral paranaense

A visita do animal foi acompanhada entre a Ilha do Mel e o balneário de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná, pelos profissionais do laboratório.

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As equipes formadas por pesquisadores do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) observaram o deslocamento de uma baleia Jubarte no litoral do Paraná. A visita do animal foi acompanhada entre a Ilha do Mel e o balneário de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná, pelos profissionais do laboratório.

No mês passado, pesquisadores do Projeto Baleia Jubarte, que há 30 anos se dedica a proteger a espécie no País, constataram uma presença recorde na região de Ilhabela, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Sul da Bahia. Isso porque no mês de junho elas costumam ocupar os noticiários, marcando o início da temporada de reprodução no Brasil.

Todo esse trabalho tem gerado resultados positivos que já são percebidos pelos estudiosos da área. Prova disso é que, em 2014, o Brasil retirou a baleia Jubarte da lista das espécies ameaçadas de extinção. O mamífero aquático foi reclassificado para 'quase ameaçado', o que demanda a continuidade dos projetos de conservação como os desenvolvidos pelo Laboratório de Ecologia e Conservarão da UFPR e também pelo Projeto Baleia Jubarte.

Esse cuidado é necessário porque a espécie, que pode medir até 16 metros de comprimento e pesar mais de 40 toneladas, era alvo da pesca predatória no País. Em 1987, a caça foi proibida e mais projetos de conservação foram criados para aumentar o número de animais, assim como para conhecê-las melhor e ter informações sobre os perigos que poderiam colocar em risco a espécie.

Uma boa notícia no litoral do Paraná foi que os pesquisadores notaram que a baleia encontrada estava fazendo saltos e expondo as nadadeiras peitorais, hábitos que indicam que o animal não estava machucado nem estressado.

O bom indicativo mostra que, além da importância de apoiar projetos que se dedicam ao estudo da biodiversidade marinha, é preciso diminuir a poluição dos mares. Calcula-se que 10 milhões de toneladas de plástico vão parar no mar anualmente e eles não vão parar lá sozinhos. Que a visita inusitada desta semana possa promover a conscientização sobre o impacto ambiental na vida marinha e em todo o litoral.

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