Nesta semana, Paranaguá deu um passo importante no que tange à conscientização dos moradores sobre a doação de órgãos. As ações do programa “É doando que se vive” serão intensificadas nas escolas porque acaba de se tornar uma política pública do município. A Lei Municipal que fará com que todas as crianças do Ensino Fundamental das escolas municipais recebam informações sobre o tema de maneira lúdica, foi aprovada na Câmara e agora precisa apenas da sanção do prefeito Marcelo Roque.
A iniciativa tem mostrado, desde o mês de agosto, que é possível trabalhar temas como este já na infância, para que as crianças possam replicar em suas casas e levar ao conhecimento também de suas famílias, sendo agentes transformadores. A parceria formada entre Ministério Público do Paraná e Prefeitura de Paranaguá, principalmente por meio da Secretaria de Educação e Ensino Integral, tem dado certo e é uma prova de que a união de esforços entre os setores da sociedade, se bem construída, pode contribuir para uma mudança na realidade.
Os frutos de um trabalho como este podem demorar a aparecer, pois se trata de uma construção de pensamento e parte de um processo, no caso da doação de órgãos, de desmistificar os enganos que possam surgir a respeito do assunto.
Hoje, 31 escolas da Rede Municipal de Ensino aderiram ao projeto, atingindo cerca de 6.500 alunos dos terceiros, quartos e quintos anos. A doação de órgãos tem chegado ao conhecimento dessas crianças por meio de brincadeiras, teatro de bonecos, gibi e personagens mascotes que já cativaram os estudantes. A metodologia desafia as crianças para serem agentes da campanha, propagando e conscientizando outros colegas da escola, amigos e os pais quando retornam para suas casas.
Com mais esse passo importante, com a aprovação do projeto na Câmara de Vereadores, e com o sucesso que a iniciativa já mostrou ter nas escolas, com ampla aceitação dos alunos, Paranaguá tem tudo para se tornar referência na divulgação da doação de órgãos. Que o município seja reconhecido e que as próximas gerações possam continuar a debater um tema tão relevante como este na sociedade.