Jean-Paul Sartre, filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como representante do existencialismo, em determinado momento de sua vida afirmou que “A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”. Um outro ícone da história da humanidade e reconhecidamente um pacificador foi o papa João Paulo II, o qual foi canonizado e se constitui em um santo da Igreja Católica na atualidade, também fez algumas declarações em se tratando de violência, dentre as quais “A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano”.
As duas proposições acima versam sobre um tema muito destacado na atualidade: a violência, assunto que tem dentre suas ramificações a tão apregoada e de necessária discussão violência doméstica, que se constitui no principal motivador de feminicídios.
Por que tantas mulheres vêm sendo vítimas de inúmeros atos violentos nos dias atuais? Por que as agressões vêm se propagando nos lares brasileiros? Por que tanto sofrimento imposto em nome de um suposto "amor"?
São muitas as razões que levam a cometimento de crimes contra as mulheres, mas em grande parte das mortes nos lares brasileiros entra em cena a misoginia, que se caracteriza pela repulsa, desprezo ou ódio contra mulheres. Esse sentimento atroz ao sexo feminino está diretamente relacionado com a violência praticada contra a mulher ou feminicídios, e se estrutura em volta de formas de agressões físicas e psicológicas, mutilações, abusos sexuais, torturas, perseguições, entre outros atos relacionados direta ou indiretamente a mulheres.
A violência contra as mulheres deve ser combatida sempre, sobretudo, tendo como princípios os pensamentos supracitados, nos quais se verifica um caminho para a liberdade verdadeira de todas as pessoas. A mulher é um ser humano e não pode, sob hipótese alguma, ser tratada como um objeto. É preciso respeito, consideração, igualdade.
O mundo pede igualdade entre os gêneros e isso se refere pura e simplesmente a pautar todas as ações no respeito mútuo. Ninguém se torna mais ou menos que outros em virtude de gêneros ou escolhas. Todos são fruto de uma diversidade que remete a pensamentos e ações, ou seja, não há unanimidade, cada um é livre para pensar de acordo com suas convicções, mas independente de seus posicionamentos é preciso ouvir e acatar, isto é, respeitar e não tomar atitudes violentas e sem racionalidade alguma.
Assim, faz-se necessário que todas as pessoas pautem suas atitudes em respeito e razão, pois dessa forma haverá a construção de uma sociedade mais igualitária e cordata, na qual cada cidadão terá seus direitos verdadeiramente resguardados e colocados como primordiais para a convivência entre todos.