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Editorial

Doação de órgãos ganha incentivo

Sabe-se que 43% das famílias se recusam a doar os órgãos de pessoas aptas para tal. Por isso, a campanha se torna fundamental para que os mitos sejam quebrados.

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A Prefeitura de Paranaguá e o Ministério Público iniciam hoje uma campanha de grande relevância para ampliar a consciência sobre a doação de órgãos, intitulada “É doando que se vive”. Sabe-se que 43% das famílias se recusam a doar os órgãos de pessoas aptas para tal. Por isso, a campanha se torna fundamental para que os mitos sejam quebrados e a sociedade entenda de fato como todo o processo é realizado. Sem contar com as inúmeras vidas que podem ser salvas com esse gesto de amor ao próximo.

Neste ano, o Paraná apresentou recordes em transplante de órgãos. Em 2018, o Estado ficou em primeiro lugar em número de doadores, em transplantes realizados, em autorização das famílias e em busca por possíveis doadores. Enquanto o índice nacional, no ano passado, aponta 17 doadores por milhão de população, o Paraná fechou o ano com 47,7 doadores por milhão. Nos dois primeiros meses deste ano, o dado já está em 47,2, quase alcançando o total registrado em todo o ano de 2018.

Com a efetivação da campanha em Paranaguá, espera-se que seja difundido ainda mais o conhecimento entre as famílias. E esse processo, ao que tudo indica, deve começar com as crianças. A campanha viabilizará que a doação de órgãos seja discutida nas salas de aula por meio da abertura da Secretaria de Educação e Ensino Integral de Paranaguá, que está disposta a debater a temática com as crianças matriculadas na rede de ensino.

Que ações como esta que se inicia hoje possam gerar bons frutos na região. Há outras iniciativas similares, como o Projeto Yossef, que surgiu por professores da Escola Municipal Hugo Pereira Corrêa. Professores e pedagogos, além de toda a comunidade escolar, se mobilizaram para ampliar o cadastro de doadores de medula óssea. A atitude aconteceu após acompanhar a luta de um aluno que dá nome à iniciativa e que, infelizmente, faleceu por leucemia.

Novamente, as escolas estão fazendo um papel primordial de se envolver na vida dos alunos e nas carências da sociedade, procurando pelo exemplo levar a informação e que, neste caso, pode salvar muitas vidas. Que campanhas como esta façam com que o litoral do Paraná ande ao lado do Estado no aumento de doadores de órgãos e transplantes realizados.

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