Editorial

Crise instaurada na educação

O Brasil ainda está longe de se igualar aos países desenvolvidos no quesito Educação Superior.

O Brasil ainda está longe de se igualar aos países desenvolvidos no quesito Educação Superior. E isso não representa apenas menos jovens com diploma em mãos, mas uma série de consequências que desencadeiam em um sistema econômico e social bem abaixo de outras nações. Apenas 16,6% dos brasileiros que têm entre 24 e 35 anos frequentaram uma faculdade. Essa taxa é quase três vezes menor que a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ou seja, perde até mesmo para alguns países vizinhos, como a Colômbia (28%), Argentina (18%) e o Chile (30%).

Pior que este cenário é a realidade das universidades públicas no País. Isso porque a falta de investimentos, há tempos, vem aumentando em função da crise instaurada na educação. Ainda há de se elencar que esse sucateamento público também contribui para um fenômeno bastante comum: a desistência das cadeiras universitárias. O número de matrículas, por exemplo, no ano passado chegou a 8,2 milhões, sendo que apenas 1,2 milhão de alunos efetivamente concluíram os cursos. Deve-se analisar que fatores como a precariedade nos prédios públicos e a falta de investimentos educacionais influenciam nesta realidade.

Com isso, têm-se menos oportunidades. Basta entender que o acesso à universidade, na maioria das vezes, está restrito a uma determinada classe social. Estatísticas confirmam que dos alunos que se formaram no Ensino Médio através da rede pública em 2017, só 36% chegaram à faculdade.

Os recursos financeiros não acompanham o crescimento das universidades. Cerca de 80% das pesquisas vêm de universidades públicas e ajudaram o País a ser um dos líderes mundiais na produção agrícola, exploração de petróleo e no êxito do pré-sal. Pois bem. Se o Brasil perde espaço no ranking mundial de pesquisas, a crise na educação pode não ter fim.

Crise instaurada na educação

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