As vilãs sociais da nova era da comunicação e tecnologia, as famosas “fake news”, acabaram por se tornar prejudiciais e nocivas à comunidade. Isso porque a facilidade de acesso à internet, redes sociais e plataformas digitais facilitou a propagação de notícias falsas, as quais muitas vezes nem sequer são desmentidas ou desmascaradas.
Ou seja, a evolução da tecnologia criou um campo fértil para a propagação de boatos, mentiras e notícias falsas. E aí é que entram os ruídos que sobram para os meios de comunicação oficiais, já que os mesmos, além de lutarem contra a propagação das notícias inverídicas, acabam fazendo o trabalho de desmenti-las.
Em matéria publicada na edição de terça-feira, 5, na página 4, o advogado Caio Nazário de Souza, graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), fala sobre os prejuízos das “fake news” e as responsabilidades jurídicas.
É importante lembrar que segundo um levantamento feito pelo Instituto Ipsos, o Brasil é o País que mais acredita em “fake news” no mundo. Mais de 120 milhões de brasileiros acreditam em notícias falsas, segundo o estudo, divulgado no dia 2 de outubro do ano passado. Segundo os dados, 62% dos brasileiros acreditam em notícias falsas, seguidos de Arábia Saudita e Coreia do Sul (58%) e peruanos e espanhóis (57%).
Ou seja, os dados são alarmantes e preocupantes, pois acreditar em notícias falsas é aceitar, viver e difundir uma realidade inexistente e que, certamente, será propagada como conhecimento para outras pessoas.
Portanto, é hora de cada cidadão passar a se preocupar seguindo o princípio da dignidade sobre cada informação que replica, principalmente, nas redes sociais.
As notícias falsas não recaem apenas sobre a área política, como se tem visto nos últimos meses, desde as eleições presidenciáveis. Elas têm caráter de irresponsabilidade, crime e podem ocasionar transtornos a toda uma sociedade. Basta pensar que uma notícia falsa sobre uma pessoa, por exemplo, pode se enquadrar em crime de calúnia, difamação, injúria e comunicação falsa de crime ou de contravenção. Vale o alerta e a reflexão.