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Editorial

Adoção de crianças não deve ser tabu, mas exemplo

Não muito distante, o preconceito da adoção ainda existe e há uma falta de consciência comunitária.

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Com a implantação do Cadastro Nacional de Adoção, em 2008, o Brasil deu um salto na formalização e nos procedimentos da adoção legal de crianças e, por consequência, na modificação da construção cultural sobre a adoção. Isso porque, até pouco tempo atrás, adotar uma criança e expor esta vontade ou até mesmo a consolidação desta ação eram atitudes vistas como tabu.

Não muito distante, o preconceito da adoção ainda existe e há uma falta de consciência comunitária quanto a perceber que a adoção é acima de tudo um ato pleno e nobre de amor, o qual contribuirá com uma realidade social mais igualitária.

Oportunizar a uma criança um seio familiar é mudar não apenas a vida de uma pessoa, mas a passos gradativos, uma realidade de vulnerabilidade a que fazem parte milhares de crianças no País. Quando estas, por sua vez, entram no Cadastro Nacional de Adoção, tem-se de perceber um avanço e uma conquista não apenas no âmbito jurídico, mas no sociocultural.

Atualmente, segundo o Conselho Nacional de Justiça, há 45.296 pretendentes cadastrados e 9.388 crianças à espera de uma família no Brasil. Pelo cadastro, as varas de infância de todo o País passaram a se comunicar com facilidade, agilizando as adoções interestaduais. Até então, as adoções das crianças dependiam da busca manual.

No ano passado, 2.184 crianças foram adotadas em todo o Brasil por meio do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), o qual, desde sua implantação, ajudou a formar mais de 12 mil famílias por meio da adoção. Ou seja, números que precisam ser destacados. E na mesma linha de trabalho está o Paraná, que foi considerado o Estado com maior número de adoções internacionais.

O Paraná é exemplo e mostra que a adoção não deve ser tabu, mas tomada como incentivo, já que o Estado conseguiu concretizar o sonho de um lar para duas dezenas de crianças no exterior apenas em 2018.

Fica como reflexão a iniciativa de pessoas que se dispuseram a adotar e agora, em pleno século XXI, sem a necessidade de esconder um filho adotivo, vão surgindo as mais belas histórias de amor que antes eram impossíveis de ser contadas. 

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