Economia

Quando o clima interfere

Sem chuva e sem geada, porto e agricultura paranaense agradecem

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O inverno deste ano, com poucos dias de chuva, não tem atrapalhado o embarque de grãos pelo Porto de Paranaguá. Deste modo, a safrinha do milho (segunda colheita) e da soja segue com a normalidade esperada para o carregamento dos navios que atracam nos berços do Corredor de Exportação (Correx). Sem chuva e com os investimentos feitos na melhoria dos equipamentos que fazem o transbordo dos produtos dos armazéns até o porão das embarcações, a expectativa é que o semestre de 2016 seja o recordista de toneladas movimentadas.

Ao contrário do inverno e do verão de 2015, quando o clima prejudicou o embarque por vários dias, nestes dois últimos meses a situação foi bem diferente, com raros momentos em que o embarque de grãos pelo Correx ficou suspenso em virtude da questão climática. Isso porque, o milho, a soja e os farelos não toleram nenhum índice de umidade, sob pena de se perder toda a carga (depois de carregado no navio, o produto fica cerca de 30 dias na embarcação e caso entre umidade nos porões a carga chegará fermentada e apodrecida ao destino final).

Vale destacar que o Corredor de Exportação, criado na década de 70, é o carro-chefe do porto paranaense. O ponto inicial são os berços de atracação, onde os caminhoneiros descarregam. A carga segue por esteiras diretamente aos porões dos navios, os quais, quando abertos, ficam expostos ao tempo.

 

CHUVA É RUIM, GEADA É PIOR

Se por um lado a chuva é um problema para o carregamento de navios, as geadas, quando ocorrem, causam danos ainda maiores na colheita das áreas agrícolas do Estado. Porém, apesar de alguns dias de frio intenso em todo o Paraná, as fortes geadas não se confirmaram nas localidades onde o milho está sendo colhido, situação que ajudou os produtores. Agora, com a maior oferta do milho no mercado interno, é esperado que os preços de muitos produtos que dependem da ração, como é o caso do leite, tenham queda. Entretanto, o problema agora é o preço da saca, a qual caiu em razão da maior demanda no mercado.

 

QUEDA DE 20%

No Paraná, segundo maior produtor de milho, o preço médio da saca de 60 kg caiu de R$ 42 para R$ 33,89 nos últimos 30 dias, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab). Uma queda de 20%.

Quando o clima interfere

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