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Economia

Litoral começa a ser reabastecido com gás de cozinha e combustível

Setor comercial também foi afetado pela greve

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A paralisação dos caminhoneiros chega ao 10.º dia com avanços nas negociações tanto com o Governo Federal como com o Governo Estadual. O Paraná anunciou na terça-feira, 29, que 178 caminhões carregados com combustível já foram liberados no Estado, segundo a Coordenação Estadual de Proteção e Defesa Civil. O que corresponde a cerca de 5,3 milhões de litros. A medida vale para todos os derivados do petróleo – gasolina, óleo diesel, querosene e gás de cozinha – e também o etanol.

A notícia animou a população do litoral, que desde a noite de segunda-feira já tem formado filas nas proximidades de postos de combustível e estabelecimentos comerciais de gás de cozinha. Algumas pessoas passaram a noite aguardando sua vez na fila para abastecer o carro, a moto ou, ainda, levar o combustível para casa por meio de galões. Estima-se que, ao menos quatro caminhões com gasolina e etanol chegaram em Paranaguá na segunda e terça-feira.

Alguns restaurantes e bares, com escassez de produtos e gás de cozinha, interromperam suas atividades, o que causou prejuízo ao trabalho. Um estabelecimento em Paranaguá, que comercializa gás de cozinha, recebeu a notícia, na tarde de terça-feira, 29, de que receberia uma carga com 70 botijões. No entanto, todos foram guardados para clientes que possuem restaurantes.

Moradores formaram filas para conseguir levar botijão de gás para casa (foto: reprodução whatsapp)

 

IMPACTO NO COMÉRCIO

O grupo que agrega as entidades representativas de todo o setor produtivo do Paraná se reuniu nesta semana na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR). Os presidentes das entidades pontuaram as perdas que oneram e afetam toda a cadeia produtiva do Estado e são unânimes ao afirmar que a situação do Paraná é crítica e que os prejuízos são irrecuperáveis.

O presidente da Fecomércio-PR, Darci Piana, lembrou que os estoques estão praticamente terminados, sendo que a questão mais preocupante é a falta de alimentos. “Falamos principalmente na questão da alimentação, dos supermercados, mercearias, hostifrutigranjeiros, que estão quase zerados e isso começa a preocupar os nossos comerciantes. Quanto aos demais estoques, de roupa, calçados, não são segmentos que estão com as maiores dificuldades, mas apresentam problemas pela falta de movimentação das pessoas que não se deslocam de casa por falta de combustível. Isto traz um prejuízo enorme, principalmente na redução das vendas”, afirmou Piana.

Ele ainda ressaltou que são quase três milhões de empregos no Paraná, em 540 mil empresas de comércio no Estado e algo em torno de 60% do PIB estadual. “Imagine o tamanho da responsabilidade que temos nas mãos, pelo volume de pessoas que terão que receber os seus salários e estas empresas, por falta de vendas, de produtos, por não ter o que vender, deixarão de cumprir com seus compromissos. Precisamos ter consciência, encontrar uma solução que seja razoável para ambos os lados, e que saibamos que não podemos continuar assim. Se as propostas foram feitas e aceitas, assinado o acordo, está na hora de termos consciência que toda a economia, toda a estrutura produtiva e toda a população não podem ser prejudicados”, acrescentou Piana.

O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, destacou que há uma semana, não há entrega de leite, pacote de trigo, carne nem óleo, verduras ou industrializados. As cooperativas perderam três milhões de litros de leite por dia, 70 mil cabeças de suínos e 14 milhões de aves deixaram de ser abatidos somente no Paraná.

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