Comerciantes de pescados estão otimistas para vendas na Semana Santa

Mantendo a tradição no período de Quaresma, os pescados entram para a lista dos itens mais procurados. Aliado a isso, a Operação Carne Fraca, deflagrada no dia 17, pela Polícia Federal, a qual investiga 40 empresas do setor alimentício envolvidas em um esquema de corrupção que liberava a comercialização de alimentos produzidos por frigoríficos sem a devida fiscalização sanitária, também tem feito as vendas de pescados subirem.

Iranor Lopes, comerciante de pescado há 47 anos no Mercado do Peixe, disse que a procura ainda não é a esperada, mas já teve uma melhora. “Acreditamos que com a proximidade da Semana Santa a comercialização aumente significativamente. Por enquanto, até peixe está vindo menos”, contou.

Contudo, Lopes lembrou que a situação envolvendo a carne melhorou a venda. “Tivemos uma movimentação melhor no fim de semana, após a Operação Carne Fraca. Acreditamos que as pessoas vão procurar mais pelo consumo de peixe agora”, comentou.

Ariel Gomes Pereira, permissioário há 19 anos, disse que a procura está um pouco melhor, mas deve aumentar na Semana Santa. “No fim de semana deu mais movimento, mas acredito que foi em virtude da situação crítica envolvendo a carne no País”, observou. Para o comerciante de pescados, a tendência é que as vendas registrem um aumento na Semana Santa. “Acreditamos que na Semana Santa aumentem as vendas, chegando a até 80%”, avaliou.

Comenrciante de pescados há 15 anos, Marcelo Pires Guimarães ressaltou que a expectativa para a Semana Santa é sempre grande. “A expectativa sempre é boa. O movimento durante outras épocas do ano não é muito bom e, quando chega o período da Semana Santa, as pessoas procuram muito mais”, observou. “O movimento maior é realmente na Semana Santa, antes disso, a movimentação no Mercado do Peixe não sofre grande alterações no que tange à procura por pescados”. Ele também acredita que a Operação Carne Fraca está influenciando positivamente a venda de pescados. “Já sentimos o movimento um pouco maior após essa situação com a carne. Geralmente somos nós que sofremos quando há um problema na baía de Paranaguá e, desta vez, a situação foi ao contrário. O problema é com a carne e o peixe está sendo mais vendido”, comentou.