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Economia

Caminhoneiros pedem apoio para conter roubo de carga na BR-277

Objetivo da visita foi pedir o apoio da Appa junto aos órgãos federais e estaduais

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A diretoria da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) recebeu a visita de representantes do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado do Paraná (Sindicam-PR), do Sindicam-Paranaguá e da Federação Nacional dos Caminhoneiros (Fenacam). O objetivo da visita foi pedir o apoio da Appa junto aos órgãos federais e estaduais, para inibir a prática criminosa da “vazada”.

A bica dos caminhões é aberta visando o furto da carga mercadorias. A incidência maior da prática ocorre no trecho urbano da BR-277, na entrada de Paranaguá.

“Nós estamos buscando o apoio da Appa no sentido de aumentar a segurança em trechos da BR-277 que levam ao Porto de Paranaguá, devido ao número de caminhoneiros que estão tendo suas cargas furtadas”, declarou o presidente do Sindicam – PR, Laerte Freitas. O Sindicato conta com 12,8 mil associados, todos os caminhoneiros autônomos – que são donos dos veículos – em 399 municípios do Paraná.

“O motorista sai da origem com uma quantidade de soja e, dependendo da quantidade que é vazada do caminhão, o caminhoneiro nem chega a receber, ficando sem a remuneração pelo seu serviço”, disse Laerte Freitas.

MEDIDAS

Para garantir a segurança do escoamento da safra de grãos 2017, a Appa e a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária estão discutindo ações conjuntas para inibir a “vazada”.

“O grupo está avaliando medidas de segurança que devem ser tomadas para evitar a abertura de bicas dos caminhões. O objetivo é evitar o furto de cargas e as ações fazem parte da Operação Safra 2017”, afirmou o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

SAFRA

O crime chamado de “vazada” é uma prática que ocorre principalmente no período de início de safra, quando o fluxo de caminhões que chegam para descarregar em Paranaguá aumenta. Apenas entre os dias 01 de janeiro a 22 de fevereiro, 57.409 caminhões passaram pelo Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá.

As cargas mais visadas são grãos e fertilizantes. Normalmente, o furto ocorre durante a noite ou quando o caminhão está trafegando em baixa velocidade. Os criminosos rompem as bicas, que ficam na parte traseira, derramando parte da carga pela rua, muitas vezes sem que o motorista perceba. Imediatamente, outros recolhem e levam para depósitos clandestinos nas imediações do porto.

Para o presidente da Federação Nacional dos Caminhoneiros (Fenacam) e Presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de São José dos Pinhais, Plínio Dias, mesmo não sendo de responsabilidade do Porto a segurança nas rodovias, o apoio do setor portuário é fundamental.

“Soubemos que já houve uma união entre os órgãos de segurança responsáveis para evitar a ocorrência destes crimes que causam grandes prejuízos aos caminhoneiros. No entanto, precisamos que as operações de segurança sejam frequentes”, ressaltou.

REPRESSÃO

No último dia 21 de fevereiro, equipes da Polícia Militar apreenderam 11 toneladas de fertilizantes e cerca de três toneladas de soja e cevada que estavam escondidas em um depósito. A ação faz parte de uma intensificação no policiamento feito pela PM nas proximidades do Porto para inibir a “vazada”.

Em outra ação, a Polícia Civil apreendeu cinco toneladas de fertilizantes em um barracão clandestino durante a Operação Tombador, no último dia 14 de fevereiro.

Em maio de 2015, a operação Rastro – coordenada pelo Departamento de Inteligência do Paraná (Diep), com apoio das Polícias Civil e Militar – apreendeu 35 toneladas de grãos desviados dos operadores portuários que exportam grãos pelo Porto de Paranaguá.

Sete pessoas foram presas em flagrante e deverão responder pelos crimes de posse de drogas, receptação, porte irregular de arma de fogo, crimes ambientais e extração irregular de palmito.

 

Da Assessoria da Appa

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