A greve dos caminhoneiros que acontece em todo o Brasil já ocasiona em Paranaguá filas e, inclusive, falta de combustíveis em postos localizados no município. Até a tarde de quarta-feira, 23, os postos Transcap e Paranaguá já não tinham mais gasolina, álcool e diesel, enquanto o restante dos estabelecimentos ainda tinha combustível, no entanto, a alta busca e inúmeras filas de motoristas devem acabar com o estoque até possivelmente esta quinta-feira, 24. Segundo o proprietário de postos e vice-presidente da Regional do Litoral do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná (Sindicombustíveis Paraná), Sidnei José Mahle, a entidade apoia o pedido por redução dos preços exigido pelos caminhoneiros, sendo que a expectativa é que o Governo Federal reduza o preço do combustível e acabe com a greve o mais rápido possível.
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“O sindicato se posicionou contra estes aumentos diários da Petrobrás. Isto não afeta somente os donos de postos com o capital de giro, como também os consumidores. Todo dia o preço está mudando na bomba, isto não é algo que é do costume do povo brasileiro, é um costume do americano, do europeu, do povo de fora. Para nós é difícil isso. O sindicato é contra este aumento diário e o governo deveria estabelecer uma meta de aumento a cada quinzena, ou uma vez por mês, como era antigamente”, afirma Sidnei Mahle, vice-presidente da Regional Litoral do Sindicombustíveis.
Sobre a greve dos caminhoneiros, Mahle explica que do dia 1.º de maio até o dia 23 deste mês o diesel subiu cerca de R$ 0,32 centavos, e “o frete não sobe na posição deles, então acho que está certo, eles têm que reivindicar e o governo tem que tirar imposto do diesel e gasolina para o País voltar a se desenvolver”, explica. Segundo ele, há a necessidade de que o governo “corte na própria carne” para o País voltar ao desenvolvimento. “Ele fala em tirar do diesel e fala agora que vai onerar a folha de pagamento das empresas. Só se pensa em arrecadar imposto, está errado, o brasileiro não aguenta mais”, completa.
DICAS PARA OS CONSUMIDORES
De acordo com Mahle, se criou um clima de pânico na Internet e redes sociais sobre a falta de combustível, pois se os motoristas abastecessem normalmente iria ter gasolina, álcool e diesel para todos. “Tínhamos uma programação para até sexta-feira, 25, à noite, de combustível na nossa rede, mas com este apavoramento do pessoal hoje está acabando no posto Garotinho, a tarde deve acabar no da Avenida Roque Vernalha e até amanhã deve acabar o da unidade da Avenida Coronel Santa Rita”, afirma, destacando que entrou em contato com órgãos de segurança pública para garantir abastecimento de viaturas, ambulâncias e veículos de emergência.
Sidnei Mahle, vice-presidente da Regional do Sindicombustíveis,
Segundo Mahle, na quarta-feira houve negociação entre a Federação Nacional dos Postos de Gasolina com o presidente Michel Temer e na quinta-feira, 24, haverá negociação com entidades sindicais dos caminhoneiros. “Esperamos ter uma solução na quinta-feira e normalizar tudo no sábado, 26”, finaliza.
MOTORISTAS APROVAM GREVE
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Luciano Delphino, consultor de vendas de veículos, destaca que aprova a greve dos caminhoneiros em prol da redução de combustíveis. “Apesar do transtorno com combustível, acredito que é bom para dar uma mexida nos governantes para a questão da alta de combustível que está insuportável para nossos bolsos”, explica.
O comerciante Ataíde Batista da Silva também entende a greve como necessária: “É uma greve justa. O que o Governo Federal está fazendo aumentando em cerca de 50% o combustível em quatro meses é um absurdo. Temos que pressionar o governo para que o preço seja reduzido e as coisas melhorem”, finaliza.
Alguns postos já estavam sem combustível na quarta-feira, 23, em Paranaguá