Consciência do Futuro

“Você pode ser um jovem sem dinheiro, mas não pode ser um velho sem ele.” (Tennessee William)

Esse pensamento expresso por Tennessee Williams, dramaturgo americano revela uma realidade vigente, sobretudo, na atualidade. Não raramente encontramos pelas ruas homens idosos se oferecendo para cuidar dos nossos carros, em portas de restaurantes e em outros pontos da cidade, em troca de algum dinheiro, certamente tal situação deve ser conseqüência da falta de orientação segura na juventude que, no decorrer do tempo transformou esses seres humanos em mendigos. Talvez tenham vivido ao abandono desde a infância, ou então gozaram a juventude sem se preocuparem com o futuro. O crescimento do número dessas criaturas leva-nos a considerar a importância de preparar os jovens para chegarem à maturidade conscientes da necessidade de viver cada momento, usando a inteligência e o empenho para assegurar tranquilidade com o chegar da velhice. Todos sabemos que existem jovens oriundos de famílias abonadas os quais gozam do prazer de desfrutar dos prazeres da vida bem regalados. Mas a história nos tem revelado quantos desses, outrora jovens ricos, vivem hoje na obscuridade do desamparo. O que lhes faltou? Carinho? Amor? Orientação? Certamente não foram orientados sobre o uso do vil metal, usando-o como provindo de fonte inesgotável que, inesperadamente, um dia secou. Nós podemos conceder aos nossos filhos conforto e algumas regalias, mas acima de tudo devemos ser orientados para que eles amadureçam conscientes da necessidade de viver o presente preservando bens para o futuro. Conquistas essas obtidas através do empenho nos estudos, na seriedade das relações com compromissos assumidos. Sobretudo, na consciência de que, como seres humanos, estão sujeitos a falhas, mas, através do bom senso, podem sempre se erguer e prosseguir na conquista dos alvos idealizados. Vamos ensinar os jovens que o dinheiro é necessário para a sobrevivência e deverá assegurar uma velhice tranqüila se conquistado com trabalho honesto e conservado criteriosamente.

Ivone E. Marques