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Cultura

Exposição fotográfica é aberta em Paranaguá

Fotógrafo Jorge Fujita disponibiliza seu acervo com fotos de domínio público

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O fotógrafo Jorge Fujita abre no domingo, 28, a partir das 10h, sua primeira exposição fotográfica em Paranaguá. Serão expostas 100 imagens da cidade referentes a diferentes épocas, propiciando uma verdadeira viagem no tempo.

A exposição acontece no restaurante Gruta da Garoupa, localizado na Costeira. A ideia surgiu a partir da proprietária do estabelecimento, Rosana Abe. “Fiz um serviço fotográfico para o falecido amigo Dalton Cabral e foi mostrado para ela. Dalton que morava próximo ao restaurante era frequentador do local. Ela tinha na cabeça uma decoração do restaurante com fotos antigas e pediu a ele que entrasse em contato comigo para trocar ideias a respeito”, destaca.

“Por morar em Curitiba, até demorei a passar por lá, mas na conversa que tivemos, descobri nela uma pessoa sensível à preservação da memória de Paranaguá. Confesso que estava pensando em expor as fotos em uma exposição patrocinada por um amigo, mas ao conversar com ela resolvi aceitar o desafio de montar esta exposição permanente no seu estabelecimento, uma vez que o acesso seria permitido não só a clientes mas para visitantes também”, complementou.

Esta é a primeira vez que Fujita disponibiliza o acervo com fotos de domínio público e de sua autoria. “Agradeço muito à Rosana o incentivo e oportunidade”, finaliza.

TRAJETÓRIA

Jorge Fujita é filho de fotógrafo e ressalta que nasceu e cresceu  sentindo o cheiro de químicos fotográficos entranhados na sua roupa. Sendo este o motivo do falecimento do seu pai, pelo contato ao longo do tempo trabalhando com esses químicos tóxicos imprescindíveis à revelação de fotografias na época.

Seu contato com o mundo da fotografia surgiu através desta paixão que ele via diariamente. “Ele pôs à minha mão uma câmera Rolleicord sem fotômetro e disse: 125 de velocidade e 11 de abertura se tiver sol. Se estiver nublado, mantenha a velocidade e passe a abertura para 5.6 mas não esqueça de focalizar, deixando bem nítida a imagem no visor. Foi assim que aos 7 anos fotografei o time de futebol da escola. Foi a minha primeira experiência, mas o costume de fotografar começou aos 9 anos”, contou.

“Hoje me preocupo muito com a preservação da imagem de Paranaguá. Não sei a razão, mas existiu uma lacuna de documentação fotográfica de Paranaguá, entre o começo dos anos 90 (quando fui para o Japão) e a virada do século. Faço do dia a dia um garimpo de fotos preciosas nas casas dos meus amigos. Espero em vida doar todo o acervo para a cidade que me acolheu e me criou.

Fujita destaca ainda que seu retorno, após 23 anos de ausência (tempo em que viveu no Japão), é muito gratificante. “Hoje não me considero mais um fotógrafo. Os meus colegas do Japão me apelidaram de ‘Imageand Sound Designer’ em um curso rápido de Marketing que eu frequentei por lá. Muitos amigos sabem que eu tenho mais afinidade com o som do que com a Imagem, apesar de já ter trabalhado com as duas coisas. Ou seja: produção de audiovisuais. Atualmente tenho trabalhado para passar aos jovens de hoje, a importância da preservação Histórica e Cultural de Paranaguá”, finaliza.

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