O Dr. Cesar Augusto Broska Junior, especialista em urologia da Unimed Paranaguá, explica como fazer a detecção do câncer de próstata e a importância da prevenção. Saiba mais sobre o movimento Novembro Azul nesta entrevista do Momento Saúde Unimed. Confira:
Novembro Azul. Pode falar um pouco sobre esse movimento?
Dr. César: Os homens culturalmente procuram menos os serviços de saúde e quando o procuram, acabam chegando com doenças avançadas. O movimento foi criado com o objetivo de conscientizar o homem sobre a necessidade de cuidados com a saúde, com foco especial no câncer de próstata.
Quem precisa fazer o rastreio para o câncer de próstata?
Dr. César: Homens a partir dos 50 anos de idade. Caso tenham algum caso na família ou sejam negros, a partir dos 45 anos de idade.
O que o paciente com câncer de próstata sente? Como suspeitar?
Dr. César: Inicialmente, não há nenhum sinal e sintoma perceptível pelo paciente. O rastreio é realizado através de exame de sangue (PSA) e do toque retal. Importante lembrar que os dois devem ser realizados juntos para uma maior acurácia.
Há necessidade de algum preparo para o toque retal? É demorado?
Dr. César: O toque retal faz parte do exame físico urológico, é rápido, indolor e não necessita de nenhum preparo. Além de avaliar a próstata, o toque retal também é importante para a avaliação de outras doenças que podem aparecer na região, como hemorroidas, fissuras e tumores de ânus e canal anal.
O toque retal ou o PSA veio alterado. Estou com câncer?
Dr. César: Não. O câncer de próstata é uma das doenças que podem levar a alteração do toque retal e/ou do PSA, mas não a única. Quando o toque ou o PSA estão alterados, há a necessidade de prosseguir a investigação, a qual é realizada com ressonância magnética de próstata e biópsia de próstata.
Fiz a biópsia e descobri que estou com câncer. E agora?
Dr. César: Atualmente existem muitas modalidades de tratamento. O tratamento escolhido leva em conta o volume tumoral e a agressividade do tumor. Pode variar desde a observação clínica até radioterapia e cirurgia, que podem ser complementadas ou não com quimioterapia e bloqueio hormonal. É importante que o paciente saiba que com o arsenal terapêutico disponível hoje em dia e com o diagnóstico precoce, é uma doença que permite o controle e até a cura.
Esse ano o dr. Foi aprovado no concurso nacional TISBU 2022. Ficou em terceiro lugar geral no Brasil. Pode nos explicar sobre essa prova?
Dr. César: É uma prova de nível nacional realizada anualmente pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que consiste em três etapas, sendo uma prova objetiva, uma prova discursiva e uma prova prática. Podem prestar essa prova todos os médicos urologistas formados e médicos com experiência na área de urologia. A aprovação nessa prova confere ao urologista o status de Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia e o título de especialista pela sociedade. É um selo de qualidade fornecido pela SBU aos médicos especialistas da área. Agora, além de ter o título de especialista pelo MEC (Ministério da Educação) por ter realizado um treinamento integral em residência médica por 5 anos, também possuo o título pela SBU.