Na última semana conectamos nossas vidas no sentido da paz interior, de oportunizar a compaixão acima de tudo para a si mesmo como um processo de generosidade e liberdade. Muitas vezes praticamos o ato de perdoar o outro, porém, não adotamos essa mesma postura a nós, gerando assim uma experiência negativa de crucificação interior e da busca por uma perfeição contínua que não existe.
Seguindo essa premissa torna-se indispensável uma leitura aprofundada da nossa realidade de vida, na identificação dos nossos sentimentos, o que representa os sentimentos que ficam guardados dentro de nós, quais as suas consequências, as conceituações do que de fato é sentimento, a aceitação da nossa condição de vulnerabilidade humana e o efeito de permitir dar significados e conotações verdadeiras ao nosso ato de sentir.
Resinificar nosso entendimento sobre o extrínseco, assim não importa o que fizeram para nós, mas de fato o que nós fizemos com o que os outros nos fizeram, ou seja, como absorvemos dentro de nós as consequências dos atos externos, qual o grau de importância que agregamos em forma de sentimentos.
Assim como uma casa, um escritório ou qualquer tipo de ambiente necessita de uma limpeza adequada para evitar sujeiras, contaminações e doenças, da mesma forma nós precisamos realizar uma limpeza em nosso interior, eliminando tudo aquilo que não contempla positividade em nossas vidas, muito pelo contrário, que nos levam para o caminho da depreciação e desestruturação.
E ao longo da vida de certa forma, diante de todo esse cenário contemporâneo de armadilhas e encruzilhadas que estamos diretamente expostos, acabamos por permitir tal intencionalidade em nossa caminhada, dando espaços para sentimentos desnecessários, os quais resultam em intoxicações perigosas para a nossa saúde e existência.
É preciso assumir uma responsabilidade por nossos sentimentos, otimizando o nosso poder de percepção, ou seja, de que forma eu me coloco a tal situação, que sentimento eu me permito sentir em reação ao que acontece. É nossa a responsabilidade e decisão do que nos permitimos sentir. Sendo assim, o que os outros fazem para nós pode ser um estímulo para o que sentimos, mas jamais uma causa.
Tratam-se de conjunturas humanas complexas e dificultosas, porém, que se bem interpretadas e trabalhadas, nos revelam a dimensão da vida na sua completude, estimulando a nossa resiliência e coragem.
Os sentimentos são seus e as consequências deles também serão, portanto tome a atitude correta de preservar a maior riqueza: sua vida.