Valmir Gomes

Tricolor no céu

Foram quase dez anos de angústia para o Paraná Clube. O time do ano 2000, depois do sucesso inicial, foi parar na segunda divisão do...

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Foram quase dez anos de angústia para o Paraná Clube. O time do ano 2000, depois do sucesso inicial, foi parar na segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Neste período, conheceu também a segunda divisão do Campeonato Paranaense. Só não foi para o inferno, porque sempre encontrou alguns sacerdotes da bola dispostos a lutar pelo clube do coração. Neste longo período, foi criticado a exaustão, porém a vitória por 1×0 sobre o CRB, acabou com todos estes anos de sofrimento. Na verdade, tudo começou quando a dupla de profetas, Luiz Carlos Casagrande o "Casinha" e Carlos Werner, ambos de relevantes serviços prestados ao clube, resolveram apoiar o jovem Leonardo Oliveira para presidente do Tricolor da Vila. Eleito, Leonardo começou a trabalhar pela recuperação do clube, o que desembocou em uma equipe competitiva, a ponto de chegar ao céu do futebol brasileiro. Ninguém faz uma caminhada desta sozinho, portanto parabéns ao presidente Leonardo Oliveira e sua diretoria, os heróis quase anônimos desta conquista.

 

RODRIGO PASTANA

Nunca falei com Rodrigo Pastana, diretor de futebol do Paraná Clube, porém o seu trabalho sempre foi reconhecido pela imprensa, por sua competência e postura. Passou por algumas turbulências, sem mudar a rota na busca dos seus objetivos. Quantos técnicos, quantos jogadores, as dificuldades do futebol, nada mudou sua caminhada rumo à primeira divisão. Foi o cérebro da programação vitoriosa.

 

MATHEUS COSTA E TCHECO

O técnico Lisca ia bem muito bem, até que um lance de indisciplina o afastou do Paraná Clube. Muitos imaginaram que o barco ia perder o rumo. Daí surgiu o Matheus Costa, que era auxiliar do Lisca. Novato gerou desconfiança, trouxeram o experiente Tcheco para seu auxiliar. Estava formada a dupla perfeita. Matheus ganhou o grupo, por seu conhecimento e temperamento compatível com o momento. Já Tcheco colaborou muito, com sua experiência e franqueza junto aos atletas. Um espelho de vencedor, por sua brilhante carreira. Matheus Costa e Tcheco merecem o nosso reconhecimento.

 

CALMA

Já sei, os leitores estão me perguntando. Não vai falar dos atletas? Afinal foram eles que jogaram e ganharam. Sim, hoje todos os colegas vão falar deles, então resolvi falar dos comandantes. Dos heróis do campo, com certeza terei tempo para escrever. Aguardem.

 

DUPLA ATLETIBA

O rubro-negro ao natural venceu o Vasco da Gama por 3 X 1, sem passar por sustos. Provando que poderia ter ido mais longe, caso algumas contratações tivessem dado uma resposta melhor. Bem como fosse escalado de maneira convencional, sem invenções, em algumas oportunidades. Ficou a lição. Já o Coritiba continua sua luta para escapar do rebaixamento. Como todo time nesta situação, alterna bons e maus jogos, na mesma proporção. Jogou nada na primeira etapa em Belo Horizonte, o Atlético Mineiro passeando fez 3×0 ao natural. Melhorou no segundo tempo, mas não o bastante para pelo menos empatar. Em tempos de eleição, sua luta continua.

 

FRASE

"Futebol não é passado nem futuro, uma equipe se analisa pelo seu atual momento", o radialista Durval Monteiro, de saudosa memória, durante o seu programa A Caminho de Gol, na extinta rádio Paraná de Curitiba.

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