Em tempos de Terça-Feira Gorda, ainda respirando o Carnaval, vou recordar a década de 90 e alguns jogadores que me chamaram atenção por suas qualidades individuais. Lógico que vou dar preferência ao pessoal do litoral e interior, pois os da capital sempre foram muito lembrados. Começo pelo Rio Branco, que na referida década subiu para a primeira divisão do Estadual. Os pratas da casa Laco, Ira e Erminho foram destaques no Rio Branco. Reconhecidos pelo bom futebol, acabaram jogando em outras equipes com a mesma qualidade. No Londrina na época em grande fase, os zagueiros Márcio Alcântara e Zé Antônio brilharam, dois campeões da regularidade, sempre atuavam bem sem apelar para violência. Ainda tinha Éverton e Zé Dias, dois atacantes da melhor qualidade. No Toledo, o meia cancha Hélio Ninho era o craque do time, jogava muito o baixinho, merecia uma melhor sorte no futebol. Telvir como volante era uma segurança, tinha muito boa colocação. No Grêmio de Maringá, um senhor cabeça de área, Didi marcava e jogava com extrema habilidade, se fosse hoje seria da Seleção Brasileira. Em Cascavel, tinha o Paulinho que virou Paulinho Cascavel, fazia gols como ninguém. No União de Bandeirantes, Luizinho Cruz sabia jogar. Em Apucarana, muita gente boa, porém o Cleomir merece destaque, bom de bola. No Iguaçu de União da Vitória, o goleiro João Ângelo era uma segurança, tinha regularidade nas atuações. No simpático Batel da então fria Guarapuava, o lateral Dirceu Pato era o destaque, marcava e apoiava muito bem. Em Iraty tinha um grande goleador, Marcos Gaúcho jogava e goleava com qualidade, hoje anda pelo litoral. Estes foram alguns jogadores do passado que marcaram suas carreiras de maneira brilhante, jogaram muito e bem. Em tempo de Carnaval recordei alguns craques da bola.
LEMBRANÇAS DO CARNAVAL
Gente, devia ter 10 anos se tanto, era década de 50, meus pais nos levavam ao Areal da Baronesa, bairro de Porto Alegre que tinha o melhor Carnaval de rua da cidade. A madrinha do meu irmão morava por lá, íamos visitá-la e curtir o Carnaval. Os blocos desfilavam na rua de terra, começava a tarde e no início da noite terminava o desfile. Já que alguns blocos teriam que desfilar em outros locais. Lembro que era tudo bem organizado, as famílias estavam juntas, não havia brigas muito menos roubos. Era só alegria. Assim conheci o Carnaval, mais tarde bailes de salão e daí tudo mudou, grandes escolas de samba, em lugares apropriados, até virar artigo de luxo para televisão. Por isto prefiro o Carnaval de Paranaguá e litoral, uma festa popular voltada para o povo, simples e organizado, como foi na minha infância.
AVISO AOS NAVEGANTES
Por estratégia da Folha do Litoral News, neste feriadão, vou falar do Rio Branco e do Campeonato Paranaense na próxima coluna. Tenho poucas e boas para contar a vocês, a bola não parou de rolar e seus resultados serão devidamente comentados.
LANCE DE CRAQUE
Dia destes, o Vinicius Balotelli andou dando uns dribles nos adversários que até o narrador se surpreendeu. Lembro de uma tarde que quase caí da cadeira, quando o extraordinário Nilson Borges driblou a defesa inteira do Coritiba e serviu o Sicupira, golaço. Tem uma do Krüger num clássico também, ao receber um lateral a favor do Coritiba, o alemão driblou dois defensores do rival sem tocar na bola, quando bateu no couro saiu para o abraço. Outro golaço. São lances de craque.