Sob a Ótica Maçônica

O Silêncio dos Construtores 

Por Vladimir Pires Martins

grande oriente parana

Vinte de agosto. Data que passa despercebida no calendário dos homens comuns, mas que ressoa profundamente nos corações daqueles que escolheram trilhar o caminho da pedra bruta em busca do seu próprio aperfeiçoamento.

É o Dia do Maçom, celebração discreta de uma instituição que, paradoxalmente, constrói no silêncio aquilo que o mundo tanto necessita: uma sociedade mais justa, mais humana, mais igualitária.

Há algo de poético na discrição maçônica.

Enquanto outros gritam suas virtudes pelas esquinas, os maçons trabalham.

Enquanto outros prometem mundos e fundos em palanques, eles se reúnem em suas lojas para discutir não o que farão pelo poder,mas o que farão pelo próximo.

A Maçonaria não é vitrine; é oficina.

Não é espetáculo; é trabalho silencioso de quem entendeu que a transformação do mundo começa pela transformação de si mesmo.

É instituição formadora por excelência, essa Maçonaria secular.

Seus membros não chegam prontos, como peças de uma máquina industrial.

Chegam como pedras brutas e saem – ou deveriam sair – lapidados pelo

conhecimento, pela reflexão, pela fraternidade.

O aperfeiçoamento moral, espiritual e intelectual não é slogan; é compromisso diário, renovado a cada encontro, a cada ritual, a cada gesto de solidariedade que não aparece nos jornais.

O maçom verdadeiro – e aqui a ressalva se faz necessária, pois nem todo aquele que ostenta o esquadro e o compasso honra seus símbolos – é agente transformador da sociedade.

Não pelos discursos, mas pelos atos.

Não pelas promessas, mas pelas realizações.

Na escola que ajuda a construir, no hospital que apoia, na obra social que promove, na justiça que defende, mesmo quando isso lhe custa caro.

Especialmente quando lhe custa caro.

A história não mente, ainda que os historiadores às vezes mintam por omissão.

Desde a Idade Média, passando pelas revoluções que moldaram o mundo moderno, até os dias atuais, a Maçonaria esteve presente nos momentos decisivos da humanidade.

Não como protagonista espetaculosa, mas como força silenciosa que inspirou homens a lutar pela liberdade, pela igualdade, pela fraternidade – palavras que não nasceram por acaso na Revolução Francesa de maçons ilustres.

No Brasil não foi diferente. Independência, Abolição, República – em todos esses marcos da nossa história encontramos a mão discreta mas firme dos maçons.

Não porque fossem donos da verdade, mas porque eram homens comprometidos com ideais que transcendiam seus interesses pessoais.

Homens imperfeitos, como todos nós, mas animados por princípios que os elevavam acima da mediocridade cotidiana.

Hoje, quando celebramos o Dia do Maçom, celebramos não uma corporação de privilegiados, mas uma escola de humanidade.

Uma instituição que, em tempos de tanto relativismo moral, ainda acredita que existem valores absolutos: a verdade, a justiça, o amor ao próximo.

Uma fraternidade que, em época de tanto individualismo, ainda pratica a solidariedade como método de vida.

Que os maçons de hoje estejam à altura dos que os precederam.

Que não se contentem com as honrarias e os títulos, mas assumam a responsabilidade de ser sal da terra e luz do mundo.

Que trabalhem, sempre trabalhem, na construção desse templo eterno que é uma humanidade mais fraterna.

O mundo precisa de construtores. Sempre precisou.

E eles, em silêncio, continuam construindo.

Sereníssimo Grão-Mestre Vladimir Pires Martins

Grande Secretaria de Comunicação e Imprensa

Luís Fernando da Silva Dias

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