Neste mês de setembro li uma matéria na CNN Brasil a respeito da relevância dos riscos climáticos para negócios segundo executivos. Logicamente que este tema está contemplado nas políticas ESG (Práticas de cunho Ambiental, Social e Governança nas empresas). Alguns dados da pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP) me chamaram a atenção:
– 78% dos executivos consideram os riscos climáticos “relevantes” ou “muito relevantes” para os seus negócios;
– 41% das empresas com um faturamento acima de R$ 5 bilhões consideram como muito relevante as questões climáticas;
– Nas empresas de menor faturamento, até R$ 100 milhões, 19% fazem essa mesma classificação, enquanto 67% consideram como irrelevante;
– Para 53% dos participantes, suas empresas não possuem indicadores de sustentabilidade claros e harmônicos de acordo com padrões internacionais aceitos;
– 24% dos entrevistados indicaram que a ausência de um programa claramente definido representa uma das principais barreiras para que os temas ESG sejam incorporados à estratégia das organizações.
O que estes dados nos dizem? Que embora a maioria dos executivos compreendam a importância das práticas ESG, as empresas ainda tem muito a avançar neste campo. Podemos deduzir também que falta didática, clareza e organização comprometem os programas existentes.
Podemos então concluir que mesmo que a empresas ESG correm menos riscos de enfrentarem problemas jurídicos, trabalhistas, fraudes e/ou sofrer ações por impactos ao meio ambiente, ainda precisamos de uma gestão comprometida em literalmente catequisar todos os colaboradores sobre a importância destas práticas não apenas para a empresa diretamente, mas também para o planeta. Seria uma espécie de “redução de danos” do capitalismo selvagem.