Não há como negar que a mudança climática faz parte de uma das grandes preocupações mundiais da atualidade. Embora a história geológica do planeta tenha períodos de extremo frio ou calor, a ação humana tem acelerado alguns processos naturais. Salvar o planeta é no mínimo arrogante de nossa parte. A Terra existiu sem o Homo sapiens sapiens e existirá sem a presença dele no futuro. O que estamos tentando salvar é a futuro de nossa espécie que, em um ambiente hostil, encontrará cada vez mais dificuldade de sobreviver.
Estas mudanças do clima já estão impactando em nosso dia a dia. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC) já nos traz previsões de inundações, em virtude da intensificação das tempestades, e períodos longos de estiagem, reforçando a teoria dos extremos climáticos. No Brasil 5% das áreas agrícolas no Brasil são irrigadas sendo que o restante depende diretamente das variações naturais da chuva. Um relatório da Agência Nacional de Águas (ANA) diz que nos últimos 13 anos as ocorrências de secas cresceram 409% no país. Somos um país agrícola que tem a sua economia ameaçada fortemente por fatores ligados ao desequilíbrio ambiental.
O Acordo de Paris que foi assinado por 195 países em 2015 ratifica o compromisso de trabalho para que o aumento da temperatura média do planeta fique abaixo de 2ºC dos níveis pré-industriais. O Brasil comprometeu-se em reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis, de 2005 até 2025.
Segundo a ODS 13 da Organização das Nações Unidas (ONU) devemos reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima e às catástrofes naturais em todos os países; integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e planejamentos nacionais; melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima. A Terra possui aproximadamente 4,5 bilhões de anos e nossa espécie 300 mil anos. Cuidar do planeta tem ligação direta com a nossa sobrevivência e não a dele.