Mesmo em meio à redução na demanda por biocombustíveis, ocasionada pela pandemia do Covid-19, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta um aumento de 61,1% na produção de etanol à base de milho na safra 2020/2021. A estimativa é que a produção totalize 2,7 bilhões de litros, acima dos 1,7 bilhão de litros produzidos no ciclo anterior. Em seu último levantamento, reportado em maio, a Conab listou os cinco estados brasileiros que se destacam na produção desse tipo de biocombustível: Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Paraná e Rondônia. “Há um avanço considerável na construção de novos empreendimentos, bem como no estudo para aumento de suas capacidades atuais. A ampliação desse cenário deve se estender para outros estados nas próximas safras”, segundo relatório da Conab.
Empréstimo do BNDES
A
Engie Brasil Energia assinou contratos com o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) referentes a financiamentos no total de R$ 2,7
bilhões para um projeto eólico e para a construção de linhas de transmissão,
segundo comunicado divulgado na última quarta-feira, 20. O projeto de
transmissão Gralha Azul, que envolve a construção de linhas no Paraná com cerca
de mil quilômetros em extensão, receberá empréstimo de R$ 1,481 bilhão, com
prazo de amortização de 246 meses. A companhia do grupo francês também garantiu
recursos de R$ 1,24 bilhão para o complexo eólico Campo Largo-Fase 2, que está
sendo implementado na Bahia. Os recursos obtidos junto ao BNDES representam 80%
do investimento previsto para ambos os empreendimentos.
Distribuidora de energia
Consumidores
de energia em alta tensão, como indústrias e shoppings, poderão negociar com
distribuidoras de eletricidade diferimentos ou parcelamentos de valores devidos
pela chamada demanda contratada, que é cobrada independentemente do nível de
consumo efetivo verificado. As negociações foram recomendadas pela diretoria da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última terça-feira, 19, após
associações que representam empresas e entidades industriais terem pedido
autorização para que esses setores possam pagar somente pela energia consumida
ao menos durante o período de quarentenas devido à covid-19. Esses
financiamentos poderão também cobrir temporariamente a perda de receita com a
flexibilização dos pagamentos por demanda, desde que isso fique condicionado a
um posterior ressarcimento pelos beneficiados.
Estiagem na safra
A estiagem mais prolongada no Paraná desde que o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) começou a monitorar as condições do tempo, em 1997, pode comprometer a safra de inverno no Estado. Um estudo detalhado sobre o que ocorre neste ano em relação às chuvas aumenta a preocupação dos produtores. “O impacto que esta estiagem vem provocando nos últimos dias é na semeadura dos cereais de inverno. Alguns produtores realizaram o plantio no pó, com a expectativa de que iria chover na sequência, e outros estão aguardando um volume de chuva considerável para poder realizar o plantio”, disse Dirlei Antonio Manfio, técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, autor do estudo. Mesmo com a estiagem se prolongando desde junho do ano passado, produtores do Estado conseguiram garantir boa colheita dos principais grãos da primeira safra, sobretudo soja, milho e feijão.
Itaipu abre comportas
A hidrelétrica de Itaipu passou a promover nesta semana aberturas controladas do vertedouro para liberar mais água, em movimento que visa aumentar o nível do rio Paraná, onde está instalada, para apoiar o escoamento da safra de grãos da Argentina e Paraguai em meio a uma seca na região. A manobra inicial de abertura das comportas da usina, uma parceria entre Brasil e Paraguai, ocorreu na última segunda-feira, 18, durante quase nove horas, o que vai acontecer por 12 dias, informou a administração do empreendimento, em nota. A iniciativa de Itaipu segue-se a insistentes pedidos da Argentina depois que a falta de chuvas levou o rio Paraná ao menor nível em quase 50 anos. O rio Paraná é a mais importante via de exportação de grãos da Argentina e o baixo nível de água tem reduzido a capacidade que cada navio pode transportar em carga, o que aumenta custos para o setor agrícola.
Portos do Paraná
Os
portos paranaenses movimentaram mais produtos em menos tempo, nos primeiros
quatro meses do ano. O volume carregado por hora cresceu 20% e a produtividade
média passou de 546 para 655 toneladas por hora. O tempo que os navios levam
para encostar no cais, operar e desatracar, caiu 4% – de 2,15 dias para 2 dias,
em média. Com a agilidade, os portos de Paranaguá e Antonina conseguem receber
mais embarcações e mantêm o ritmo acelerado no embarque e desembarque de
produtos. Nos berços do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, por
exemplo, a média diária de carregamento de grãos passou de 60 mil para 85 mil
toneladas/dia. Os berços que movimentam granéis sólidos, tanto de exportação,
quanto importação, estão entre os que mais aumentaram a produtividade. Em
média, chegam a carregar quase 300 toneladas por hora.
Queda da atividade
A pesquisa Sondagem Industrial mostra um recuo sem precedentes na atividade industrial brasileira entre março e abril deste ano, devido aos efeitos da crise provocada pelo novo Coronavírus, informou na última quarta-feira, 20, a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de evolução da produção registrou 26 pontos em uma escala de 0 a 100. Nessa metodologia, os valores abaixo de 50 pontos mostram queda. A nova contração da atividade industrial provocou o recuo de 9 pontos percentuais da utilização da capacidade instalada entre março e abril, indo para 49%. Esse dado indica que mais da metade da capacidade instalada da indústria ficou ociosa em abril. E a forte queda no número de empregados levou o índice para 38,2 pontos em abril, bem distante da linha divisória de 50 pontos. Esse é o menor de toda a série mensal iniciada em 2011.
SC bate recorde
O
agronegócio catarinense comemora recordes na exportação de soja. Os embarques
no primeiro quadrimestre de 2020 somaram mais de 815 mil toneladas, o maior
volume dos últimos 10 anos. A China é o principal destino da produção
catarinense, responsável por mais de 80% das compras. As informações foram
divulgadas no Boletim Agropecuário deste mês, publicado pelo Centro de
Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). Entre os meses de janeiro
e abril deste ano, as exportações de soja geraram um faturamento de US$ 298,2
milhões, um crescimento de 51% em relação ao mesmo período de 2019. A principal
rota de embarques do produto é via Porto de São Francisco do Sul.
Trator Solidário
Os agricultores familiares interessados na aquisição de máquinas, implementos e
equipamentos consignados ao programa Trator Solidário já podem apresentar
pré-propostas. Os financiamentos seguem regras estabelecidas para a linha
Pronaf Mais Alimentos, que tem limites, prazo de carência e taxa de juros
autorizados pelo Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil. O
programa é destinado a pequenos produtores que têm a Declaração de Aptidão ao
Pronaf ativa e que obedecem às exigências federais para ser considerado
agricultor familiar. Ele é administrado pela Secretaria de Estado da
Agricultura e do Abastecimento, e operacionalizado em parceria com o Instituto de
Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná), Fomento Paraná,
agentes financeiros oficiais, cooperativas de crédito e fabricantes de
equipamentos, implementos e tratores.
China aumenta compras
A China aumentou significativamente as compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos nos últimos dois meses, de acordo com autoridades dos EUA. Nas 10 semanas encerradas em 7 de maio, as vendas de milho e carne suína dos EUA para a China aumentaram cerca de oito vezes e as vendas de algodão foram três vezes maiores do que no mesmo período de 2017, antes do início da disputa comercial entre os dois países. As exportações de soja para a China, o maior componente das receitas agrícolas dos EUA, subiram cerca de um terço no mesmo período, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Importadores chineses compraram 1,19 milhão de toneladas de milho, 1,17 milhão de toneladas de algodão, 1,6 milhão de toneladas de soja e 244.532 toneladas de carne suína nas últimas 10 semanas, segundo dados do USDA.
Novos surtos de peste suína
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) informou que 440 novos surtos da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) foram notificados no mundo entre os dias 30 de abril e 14 de maio, ante 742 novos verificados no levantamento anterior. Com isso, o número total de surtos em andamento caiu para 7.200, sendo 3.535 somente na Romênia e 1.703 no Vietnã. Dos novos surtos, 329 foram notificados pela Europa e outros 90 na Ásia. A África reportou 20 novos casos no período. De acordo com a OIE, surtos novos ou em andamento foram registrados em 23 países. Na Europa, Bulgária, Grécia, Hungria, Letônia, Moldávia, Polônia, Romênia, Rússia, Sérvia, Eslováquia e Ucrânia ainda apresentam a incidência da doença. Na Ásia, China, Indonésia, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Laos, Papua Nova Guiné, Filipinas, Timor Leste e Vietnã têm casos em andamento. Já na África, Costa do Marfim, Namíbia e África do Sul reportam a presença do vírus.
Camex zera imposto
A Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão interministerial presidido pelo Ministério da Economia, decidiu zerar o Imposto de Importação de mais 118 produtos ligados ao combate do novo Coronavírus. A decisão vale até o dia 30 de setembro de 2020. A medida inclui cerca de 80 medicamentos utilizados no tratamento de pacientes hospitalizados e no combate direto ao covid-19, acrescentou o Ministério da Economia. Com a nova lista, o governo informou que chega a 509 o número de produtos que tiveram tarifa de importação reduzida a zero para o combate à pandemia. A relação de itens com tarifa zerada contempla substâncias com um “vasto campo de aplicação terapêutica, como a prednisona, indicada para o tratamento de doenças endócrinas, osteomusculares, alérgicas e oftálmicas”, informou o governo.
Redação ADI-PR Curitiba
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