O governador Ratinho Júnior participou e uma reunião com a direção brasileira de Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, e destacou que a parceria entre o Estado e a hidrelétrica é fundamental para ajudar o Paraná na retomada da economia. No encontro, o diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, e o diretor de coordenação, general Luiz Felipe Carbonell, apresentaram um panorama global das parcerias e convênios entre a empresa e o Governo do Estado. Segundo o relato, a Itaipu fará quase R$ 1 bilhão em investimentos no Oeste do Paraná ao longo de 5 anos, começando em 2019, para promover o desenvolvimento e tornar a região mais atrativa para novos negócios. As ações em conjunto com o Estado envolvem desde obras de infraestrutura até cuidados com o meio ambiente, segurança hídrica, programas de saúde, segurança de fronteira, cidade inteligente, inovação e tecnologia.
Crédito da Fomento Paraná
No esforço para atender a demanda por crédito
para empreendedores informais, de micro e pequeno porte, por conta dos efeitos
da pandemia de covid-19 na economia paranaense, a Fomento Paraná ultrapassou em
60 dias o total de contratos firmados em todo o ano de 2019. A instituição
registrava até a última quarta-feira, 17, 7.500 contratos liberados e 3.250 propostas
em fase final de contratação por meio do programa Paraná Recupera. Somados,
esses contratos chegam a R$ 119 milhões. No ano passado foram firmados 5.640
contratos, que somaram R$ 98 milhões. A instituição contabiliza ainda outros R$
105 milhões em valores de parcelamentos que foram renegociados com
empreendedores e tiveram o pagamento adiado por 90 ou 180 dias.
Ninfa aumentou produção
A Ninfa Alimentos, empresa paranaense com fábrica em Medianeira, aumentou em 25% a produção nos últimos três meses para atender à grande demanda de consumo. Crescimento apresentado durante a pandemia do covid-19, acompanhado de perto pela Corporate Consulting, trouxe 30% a mais no faturamento da companhia. Massas e biscoitos foram os itens mais requisitados pelo público-alvo da marca, as classes C, D e E. Há 40 anos no mercado, a Ninfa precisou se adaptar rapidamente para abastecer o mercado com seus produtos em tempos de isolamento social. A fabricante de massas, biscoitos e refrescos contratou 35 novos funcionários e aumentou o número de turnos para dar conta da demanda.
Novo recorde
O percentual de famílias com dívidas no país
subiu para 67,1% em junho, batendo novo recorde histórico, segundo pesquisa
divulgada na última quinta-feira, 18, pela Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC). O recorde anterior o indicador tinha sido
atingido em abril, quando ficou em 66,6%. O índice de junho apresentou aumento
mensal de 0,6 ponto percentual e de 3,1 pontos percentuais na comparação anual.
O indicador considera dívidas os compromissos assumidos com cheque pré-datado,
cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal,
prestação de carro e seguro. O levantamento mostra ainda que o endividamento
tem aumentando mais entre famílias com menor renda. Para aquelas com rendimento
mensal de até 10 salários mínimos, o percentual de endividados cresceu de 67,4%
em maio para 68,2% em junho.
Cenário menos negativo
Apesar de operar com apenas 51% de sua capacidade instalada, o setor siderúrgico brasileiro mostrou em maio um cenário menos pessimista que o previsto, afirmou nesta quinta-feira o presidente-executivo da entidade que representa os produtores de aço do país, IABr, Marco Polo de Mello Lopes. A produção de aço em maio caiu 22,6% sobre um ano antes, para 2,188 milhões de toneladas, enquanto as vendas no mercado interno recuaram 23,2%, para 1,196 milhão de toneladas. “Estes dados indicam um cenário menos negativo do que o esperado, a produção aumentou 20,8% e as vendas internas subiram 22,6% na comparação com abril”, disse o executivo em mensagem gravada acompanhando os números. Segundo o IABr, o consumo aparente de aço no Brasil cresceu 19,7% no mês passado sobre o anterior e as exportações tiveram alta de 6,5%.
Queda na produção industrial
A indústria ainda sentiu os efeitos da pandemia
do covid-19 em maio deste ano, mas a queda na produção foi menos intensa e
menos disseminada do que em abril, informou a Confederação Nacional da
Indústria (CNI). Segundo a Sondagem Industrial, realizada com 1.859 empresas do
setor entre 1º a 10 de junho, o índice de evolução da produção ficou 43,1
pontos no mês passado, contra 26 pontos em abril. Valores abaixo de 50 pontos
indicam queda da produção frente ao mês anterior. Quanto mais distante dos 50 pontos,
maior e mais disseminada é a queda. De acordo com a CNI, os setores de
biocombustíveis, produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal, e produtos
farmacêuticos apresentaram aumento de produção em maio. Os setores impressão e
reprodução de gravações, couros e artefatos de couro, calçados e suas partes, e
vestuário e acessórios seguem com o pior desempenho.
Ipea reduz projeção
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reviu sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, passando de alta de 2,9% para avanço de 1,8%, com a elevação do preço dos alimentos sendo compensada pelos demais bens de consumo, principalmente serviços e bens duráveis. O comportamento reflete as mudanças trazidas ao consumo pela pandemia do covid-19. Os alimentos foram os itens que mais subiram de preço até o momento e devem fechar o ano com inflação de 3%, segundo o Ipea. Os bens administrados, apesar de contidos no primeiro semestre, poderão ter algum ajuste nos próximos meses e encerrar 2020 em alta de 1,2%, bem abaixo da alta de 5,5% registrada em 2019 e de 6,2% em 2018.
Algodão brasileiro
A combinação de alta em Nova York e no câmbio
fez com que o produto brasileiro voltasse a ganhar competitividade em relação ao
norte-americano. A percepção é que, depois de controlada a pandemia do covid-19
e com o retorno das atividades de logísticas dentro da normalidade, os
compradores internacionais possam se voltar para a origem sul-americana, avalia
a agência Safras & Mercado. Na última quarta-feira, 17, a indicação média
no CIF do polo industrial paulista ficou em R$ 2,71/libra-peso, o que
corresponde a uma queda de 0,09% em relação ao dia anterior. Comparado ao mesmo
momento do mês passado acumula alta e de 2,82%. No FOB exportação do porto de
Santos/SP a indicação ficou em 51,81 cents de dólar por libra-peso (c/lb).
Comparado ao mesmo período do mês passado a alta no porto brasileiro é de 9,0%.
Em relação ao contrato spot da pluma negociado na Bolsa de Nova York o produto
brasileiro está 15,5% mais acessível.
Minerva fecha contrato
A Minerva Foods fechou um contrato de prestação de serviços com o frigorífico paraguaio Frigonorte, segundo o jornal Valor Econômico. O Frigonorte vai fornecer carne bovina para a Minerva, que será responsável pela venda dos produtos. O contrato tem validade de um ano. A Minerva já tem forte atuação no Paraguai. O grupo brasileiro, que registrou receita líquida total de R$ 4,1 bilhões no primeiro trimestre, é o maior produtor de carne e o maior exportador do país vizinho. O acordo com a Minerva pode dar algum fôlego para o Frigonorte, que está parado e enfrenta dificuldades financeiras — pecuaristas e bancos estão sem receber da empresa paraguaia. O Frigonorte está localizado em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Mato Grosso do Sul, e faturava cerca de US$ 150 milhões antes dos problemas financeiros. A crise da empresa paraguaia ocorreu após o envolvimento de um dos sócios da empresa com as investigações que ocorrem no Brasil contra o doleiro paraguaio Dario Messer.
Redução na exportação de carne
O volume de exportações de carne bovina da Austrália pode cair 22% na temporada 2020-2021, para 995 mil toneladas, em linha com a previsão de queda na produção, segundo relatório da Agência Australiana de Agricultura, Recursos Econômicos e Ciências, divulgado no início desta semana. Em receita, a queda nos embarques deverá ser de 19% no ciclo 2020-21, para 8,9 bilhões de dólares australianos, segundo a Abares. Estima-se que a produção australiana de carne bovina caia 17% em 2020-21, para 1,9 milhão de toneladas. O rebanho bovino australiano permanece em seu menor patamar dos últimos 30 anos, atualmente estimado em 21,1 milhões de cabeças – o menor desde 1989-1990. O menor plantel de bovinos e o atual processo de retenção de fêmeas para a reconstrução do plantel bovino restringirão a produção e as exportações de carne bovina no curto prazo.